Príncipe Harry iniciou a última rodada de compromissos como membro da realeza, na manhã dessa quarta-feira (26). Enquanto discursava numa conferência sobre viagens ecológicas em Edimburgo, o ruivo insistiu que os convidados “simplesmente o chamassem de Harry”. Sem formalidades.
Antes de subir ao palco, a anfitriã do evento e ex-conselheira trabalhista, Ayesha Hazarika, disse: “Ele deixou claro que todos devemos chamá-lo de Harry. Então, senhoras e senhores, por favor, deem boas-vindas calorosas e escocesas a Harry”. O evento permitiu que o neto de Elizabeth e sua equipe recebessem um feedback da indústria de viagens, sobre novas idéias de sustentabilidade.
Ao Daily Mail, Hazarika confessou ter ficado um pouco relutante ao conhecer o ruivo. “Quando fui apresentada a ele, fiquei um pouco preocupada com o que deveria dizer, quais eram as coisas certas, mas ele estava muito relaxado e disse: ‘Harry, apenas me chame de Harry’. E esse é o espírito que ele queria no evento hoje”, explicou.
Questionada se a decisão do rapaz seria um indicativo de uma nova fase afastado da realeza, Ayesha afirmou: “Sim, acho que sim. Eu acho que foi um aceno para isso, mas de uma forma bem suave. Ele não fez disso uma grande coisa. Isso foi só para dizer ‘olhem, eu quero me afastar dessa pompa e estou aqui como alguém que é muito apaixonado por esse assunto”’.
Por fim, ela acrescentou que os títulos ao rapaz são dispensáveis. “Ele não precisa de um título. Ele é uma figura global agora, é reconhecível em todo o mundo. As pessoas sabem o que ele e sua esposa representam, as causas pelas quais são apaixonados. Acho que isso provavelmente é um aceno para o futuro”, concluiu.
O acordo feito entre Harry, sua esposa, Meghan Markle e a rainha Elizabeth é que eles finalizem suas atividades como membros seniores no dia 31 de março. Ainda na semana passada (21), a assessoria do casal já havia anunciado que não usaria mais a marca “Sussex Royal”, depois do afastamento da realeza.
“Enquanto o duque e a duquesa estão focados nos planos de estabelecer uma nova organização sem fins lucrativos, devido às regras específicas do governo britânico a respeito do uso da palavra ‘Royal’ [Real, em português], foi acordado que a organização sem fins lucrativos [do casal], quando for anunciada nesta primavera, não se chamará Sussex Royal Foundation”, disse o comunicado.
“O duque e a duquesa de Sussex não pretendem usar ‘SussexRoyal’ em qualquer território após a primavera de 2020”, concluiu. O porta-voz do casal acrescentou que os formulários para registrar a marca que foram preenchidos como medidas protetivas, foram removidos.
Já era especulado que os dois precisariam abandonar a marca “Sussex Royal”. Segundo o Daily Mail, a rainha e os oficiais seniores tomaram a decisão após “longas e complexas conversas”. Eles acreditam que não seja mais sustentável que o casal mantenha a palavra “real” em sua marca.
A decisão não seria um problema se não fosse o grande investimento que os duques fizeram para se consolidar como “Sussex Royal”. Meghan e Harry teriam gasto dezenas de milhares de libras no novo site, para complementar sua conta no Instagram, que junta mais de 11 milhões de seguidores.
Os pais de Archie também buscaram registrar Sussex Royal como uma marca comercial global para uma série de itens e atividades, incluindo vestuário, papelaria, livros e material didático. Além disso, eles já estavam dando passos para estabelecer uma nova organização de caridade chamada “Sussex Royal, The Foundation of the Duke and Duchess of Sussex”.
Harry e Meghan anunciaram a decisão de se afastarem da realeza e buscarem “independência financeira” no dia 8 de janeiro deste ano. Além de não poderem mais usar os títulos oficiais, o casal acatou com a devolução de 2,4 milhões de libras (cerca de R$13 milhões), provenientes dos contribuintes britânicos, usados para reformar a mansão dos dois.