Em sua biografia bombástica, intitulada “Spare“, o príncipe Harry confirmou que soube da morte da avó, a rainha Elizabeth, através das notícias. Nos trechos obtidos pelo Page Six nesta quinta-feira (5), ele contou que viajou para o Reino Unido quando soube que a monarca estava com a saúde debilitada, mas “chegou tarde demais”. O ruivo ainda revelou que foi instruído por Charles III a não levar a esposa Meghan Markle para Balmoral, onde a família se reuniu para o adeus.
No livro, Harry lembrou que ele e Meghan estavam na Alemanha promovendo os “Jogos Invictus” quando soube que avó havia piorado. Ao pousar na Escócia, no entanto, ele descobriu pela BBC News que ela já havia falecido. Segundo o relato, ele só chegou ao Castelo de Balmoral horas depois da partida da rainha. “Fiquei em um lugar sem me mover, olhando para ela por um longo tempo, reuni forças e continuei avançando. Sussurrei para ela que esperava que ela estivesse feliz, e que estivesse com o vovô”, escreveu.
O filho caçula de Diana também afirmou que disse para a avó em seu leito de morte que a admirava: “Eu a admiro por ter desempenhado suas funções até o fim. No Jubileu de Platina, dando as boas-vindas ao novo primeiro-ministro”. A rainha faleceu em 8 de setembro do ano passado, aos 96 anos.
Nos novos trechos, Harry contou que não levou Meghan a mando de seu pai, Charles. Segundo ele, o patriarca justificou a ordem com razões que “não faziam sentido”, e que o ruivo considerou “desrespeitosas”. Apesar disso, Charles teria demonstrado “arrependimento” e começado a gaguejar, explicando que não queria muitas pessoas ali e citando o fato de que Kate Middleton, esposa de William, também não iria comparecer.
Harry lembrou ainda que saiu do quarto onde a falecida avó estava e ligou imediatamente para a esposa, para garantir que havia chegado ao local em segurança. Apesar das tensões, o príncipe compareceu a todos os eventos públicos e privados do funeral da Rainha, acompanhado de Meghan Markle e dos demais familiares. Harry e Meghan deixaram a Família Real em 2020 e se mudaram para a Califórnia, onde moram com os filhos Archie, de 3 anos, e Lilibet, de 1 aninho.
Em outros trechos já divulgados, Harry lembrou “piadas sádicas” de Charles III sobre sua paternidade, já que ele cresceu em meio a especulações de que seu verdadeiro pai seria o ex-amante da princesa Diana, Major James Hewitt. Além disso, o Duque de Sussex também relatou um “ataque físico” de seu irmão, William, após o herdeiro do trono disparar uma série de críticas à esposa do caçula.
Na publicação, o príncipe conta que William chamou Meghan de “difícil”, “rude” e “abrasiva”, o que o mais novo rebateu, alegando que seu irmão era um “papagaio das narrativas da imprensa”. Harry acusou o primogênito de não estar sendo racional, o que levou os dois a gritarem um com o outro, com o ruivo acusando William de agir como um herdeiro direto e afirmando que não se contentava em ser um sobressalente. A briga teria aumentado, até que os dois perderam o controle. Clique aqui para conferir os detalhes.
As cenas extraordinárias são alguns dos muitos relatos surpreendentes de “Spare”, que será publicado mundialmente em 10 de janeiro. A obra é apresentada como uma “publicação marcante cheia de insights, revelações, auto-avaliação e sabedoria conquistada com muito esforço sobre o poder eterno do amor sobre a dor”. O livro de memórias vem logo após a série documental do príncipe Harry e de Meghan Markle na Netflix, “Harry & Meghan“, que retratou sua história de amor e a renúncia como membros da realeza.