Valeu, foi bom, agora bola pra frente! Em entrevista para o apresentador Marcos Mion nesta quarta-feira (12), Sandy abriu o jogo sobre como se sente a respeito do fim da turnê “Nossa História”, realizada no ano passado para comemorar 30 anos de carreira, e a retomada do seu trabalho como artista solo.
No bate-papo, Mion quis entender qual é a essência da cantora atualmente, se é daquela Sandy que cantava com Junior fazendo apresentações grandiosas, ou a que leva uma carreira artística mais intimista. “Eu espero não passar a impressão errada… Eu sou extremamente grata e realizada com toda a minha trajetória. Eu fui muito feliz cantando com meu irmão, fui muito feliz na turnê do ano passado, mas eu não sou aquela pessoa”, declarou. E completou: “Eu me diverti, corri para o abraço, me joguei de verdade. Foi muito legal. Foi interessante saber que eu ainda sei ser aquela artista”.
A cantora confessou que tinha dúvidas se conseguiria encarar os palcos da mesma forma que fez ao longo da carreira em dupla com Junior. “[Pensei:]‘Será que eu sei ser essa artista pop, subir nesse palco gigantesco, com led, banda, balé?’. Aí, fui lá, vi que conseguia e foi maravilhoso entender que eu tenho essa versatilidade”, falou. “Eu sou a Sandy solo! Eu tava louca para voltar pra isso aqui. Eu tava muito realizada e feliz com tudo que aconteceu no ano passado, e muito feliz de voltar a poder ser só eu, o que já tinha entendido de mim mesma e estava traçando”, afirmou.
O momento delicado que foi decidir encerrar a dupla com o irmão Junior Lima também foi abordado na entrevista. “Eu ponderei muito essa questão, eu fiquei buscando por bastante tempo o que eu queria. Eu terminei [a dupla] com uma convicção, eu busquei aquilo. Eu tava precisando me reinventar como artista, precisava fazer uma coisa que era só minha”, contou. O que não quer dizer que foi fácil na prática. “Eu fiquei apavorada! Eu perdi metade do meu cabelo! Sabia que queda de cabelo tá ligada a medo, né?! Meu cabelo ficou ralinho”, entregou.
Sandy revelou que o perfeccionismo foi uma questão difícil para lidar quando era mais jovem. “Eu queria fazer tudo muito bem e sempre me cobrei demais. Aí as consequências aparecem, né?! Você não pode com 13 anos achar que precisa ser incrível em tudo que você faz, que é sua obrigação ser incrível. Você é muito nova pra enfrentar uma pressão como essa e aí acaba aparecendo uma coisa a mais, a gente acaba somatizando e vem uma doença psicossomática”, avaliou.
A cantora lembrou que tinha dificuldades até para “relaxar” e curtir os momentos de descanso. “Isso é muito ruim! Você tem que saber o limite, você tem que aprender a relaxar. E eu melhorei nisso, sim. Hoje eu sou uma pessoa que sabe apreciar os momentos de descontração”, frisou. A artista ainda explicou como a maternidade teve uma influência nesse sentido, a ensinando a não se cobrar demais.
“A maternidade tá me ensinando muito isso, cara. Porque o tempo todo você se depara com seus limites como mãe. Com as suas fraquezas como mãe. E você tem que se perdoar! Você não tem saída! Não tem! Você tem que se perdoar. Você tem que ser o melhor que consegue ser, mas que você consegue ser. Não aquilo que sonha, vê e acha lindo. Vai ser uma busca eterna que irá te fazer mal para sempre”, refletiu.
Confira a entrevista na íntegra: