Sean “Diddy” Combs começou a ser julgado na manhã desta segunda-feira (5), em Nova York. Segundo o TMZ, o primeiro dia de julgamento iniciou com comentários bem-humorados do juiz, que mencionou os diversos apelidos do rapper ao longo dos anos e fez alusão ao tamanho do potencial júri.
O cantor de 55 anos poderá ser condenado à prisão perpétua pelos crimes de tráfico para fins de exploração sexual, transporte de pessoas para fins de prostituição, bem como atos de sequestro, suborno e violência. A primeira etapa será a seleção do júri, que poderá levar alguns dias. As declarações iniciais dos advogados e os primeiros depoimentos são esperados para a próxima semana.
Conforme o site, quando os procedimentos começaram formalmente, o juiz Arun Subramanian fez um comentário comparando o tamanho da lista de jurado em potencial, assim como a extensão do questionário que cada indivíduo preencheu, à famosa e vasta trilogia de “O Senhor dos Anéis”.
O TMZ também detalhou a chegada de Diddy ao tribunal Daniel Patrick Moynihan, em Lower Manhattan. Ele apareceu com uma vasta cabeleira e barba grisalhas, vestindo um terno formal e óculos de leitura. O juiz atendeu ao pedido do cantor de usar roupas civis no julgamento, ao invés do uniforme da prisão, segundo a publicação.

Diddy conseguiu permissão para escolher uma lista limitada de itens muito específicos para o julgamento, e optou pelo terno. O juiz também se referiu aos muitos apelidos do cantor e o descreveu como “também conhecido como Puffy Daddy, Diddy, outros nomes… e Love”. Em 2018, o rapper mudou legalmente seu nome do meio para “Love”.
Subramanian observou ainda que o réu se declarou inocente de todas as acusações. Além disso, abordou a defesa e a acusação sobre as potenciais questões de privacidade nos depoimentos, ressaltando que elas serão tratadas em conversas paralelas. O magistrado espera que o julgamento dure cerca de 8 semanas.
Diddy conta com uma equipe de 8 advogados. Conforme o TMZ, Subramanian ainda fez uma rápida comparação com o caso de Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Jeffrey Epstein – que cumpre pena de 20 anos em uma prisão na Flórida -, pelos crimes semelhantes aos do rapper.
As acusações afirmam que, com a ajuda de pessoas de sua comitiva e funcionários de sua rede de negócios, o cantor se envolveu em um padrão de duas décadas de comportamento abusivo contra mulheres e outras pessoas. Segundo os promotores, eles eram manipulados para participar de performances sexuais movidas a drogas e profissionais do sexo, os chamados “Freak Offs”.
Além de alegar inocência, os advogados de Diddy afirmaram que qualquer sexo grupal era consensual e que não houve esforço para coagir as pessoas a fazerem coisas que elas não queriam.
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