Nesta terça-feira (1º), Shantal Verdelho foi até o Instagram desabafar sobre a decisão do juiz Carlos Alberto de Almeida Oliveira, da 25ª Vara Criminal de SP. O magistrado rejeitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra o médico Renato Kalil por lesão corporal e violência psicológica no parto da influenciadora. Ele alegou que faltavam provas que justificassem os crimes aos quais o obstetra estava sendo acusado.
Shantal iniciou a série de vídeos agradecendo as mensagens que tem recebido. “Sobre o meu processo contra o médico do meu parto. Primeiro queria muito agradecer o apoio de vocês”, disse ela. “Realmente me indigna muita coisa, e vou explicar para vocês o que está acontecendo. Basicamente, na semana passada, o Ministério Público ofereceu uma denúncia contra esse médico sobre o caso do meu parto. Ou seja, o Ministério Público considera que ele é culpado e pediu para um juiz avaliar”, afirmou.
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Em seguida, ela explicou como Oliveira tomou a decisão do caso que aconteceu em 2021, durante o parto da filha da influenciadora, Domenica. “O juiz que pegou o caso e olhou, e lá no meio de tudo o que tem, vídeos do parto, conversas de WhatsApp, áudios etc, tem um laudo do IML. Esse laudo deu inconclusivo e foi feito depois de meses do meu parto, o que é normal quando ocorre violência obstétrica”, revelou.
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A loira declarou que algumas mulheres levam até um ano para entenderem que foram vítimas de violência obstétrica. “Na hora do parto você está na partolândia, dizem, você sai de si. Caiu a ficha só quando eu olhei os vídeos do meu parto”, revelou. “Quando fiz a ficha crime, tive que ir ao IML fazer exame de corpo delito. Depois de meses do parto, claro que não iria ter grandes coisas, já tinha sarado. Então o laudo deu inconclusivo. O juiz olhou só esse laudo, que foi apenas o que ele levou em conta, e disse que não há provas suficiente, apesar dos vídeos e de ter contratado um perito, que observou no vídeo todos os momentos em que houve violência obstétrica”, acrescentou a influencer.
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Shantal ainda pontuou que o processo do seu caso é complicado, porque não existe uma lei sobre violência obstétrica voltada para proteger as mulheres na hora do parto. “Nós mulheres estamos completamente desprotegidas dentro do nosso próprio parto. Se você procurar o que é violência obstétrica, no meu parto teve quase tudo o que consta lá na tradução do que é, e um juiz pode entender que não é crime, já que não há uma lei”, continuou ela.
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A empresária também rebateu as afirmações de outras pacientes do médico que saíram em defesa dele diante do ocorrido. “Eu também não queria estar passando por isso, não vejo a hora disso acabar para ter paz. Eu fui exposta de um jeito que eu não queria, não gostaria que meu parto tivesse sido exposto, o rosto da minha filha”, contou. “E depois do meu caso vir a público, surgiram outras mulheres denunciando a mesma pessoa, e não só sobre violência obstétrica. Então uma coisa é você não acreditar em mim, agora caramba, você não acredita em nenhuma das pessoas que estão ali denunciando?”, questionou ela.
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Por fim, Shantal falou que agora espera que o MP recorra da decisão. “Eu posso vir aqui contar o meu lado da história, mas se nada for feito, mesmo tendo tudo gravado, as pessoas não vão denunciar mesmo”, desabafou ela. “Eu fiz a minha parte, tentei proteger todas essas mulheres, essa causa não é só minha. Não desejo a ninguém, é muito triste ver que em um momento onde você não podia fazer nada, passou por tudo aquilo, que a sua filha passou por tudo aquilo, que ela não veio no ambiente de paz que ela merece. Não desejo que ninguém passe por isso e espero muito que as coisas mudem”, concluiu.
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Kalil ainda não se pronunciou desde que foi divulgado que o juiz rejeitou a denúncia. No entanto, o seu advogado, Celso Vilard, afirmou que a decisão “faz justiça à conduta do obstetra”. “Não houve qualquer erro médico, conforme atesta perito judicial e, agora, como reconhecido pelo Juiz da causa. Da mesma forma, a justiça reconheceu que algumas palavras, de fato inadequadas, foram retiradas de contexto e que o vídeo em sua íntegra demonstra que o médico queria era o nascimento da criança em perfeitas condições, o que de fato aconteceu”, comentou.