Desde o fim do ano passado, quando veio à tona que André Gonçalves deve pensão alimentícia para a filha mais velha, Manuela Seiblitz, o relacionamento entre os dois tem dado o que falar na mídia e nas redes sociais. Já nesta sexta-feira (14), a mãe da jovem, Tereza Seiblitz, decidiu se pronunciar sobre o assunto, em carta divulgada pela colunista Patrícia Kogut, de ‘O Globo’.
Segundo a atriz, Manuela chegou a aceitar um acordo proposto pelo pai em 2019, para acertar o valor devido. No entanto, André teria descumprido. O processo tramita atualmente na 4ª Vara de Família do Rio de Janeiro e espera a decisão do juiz. O ator também foi processado pela filha mais nova, Valentina, de 18 anos, fruto de seu casamento com Cynthia Benini. Nesta ação, a prisão de Gonçalves já foi decretada.
Ao ser questionada pela jornalista sobre o assunto, Tereza revelou que a repercussão sobre o caso da filha tem sido difícil de enfrentar, devido à perda recente da mãe. “No momento, estou às voltas com a perda recente da minha mãe, que aconteceu no dia 21 de dezembro de 2021. Além da questão de não poder fazer as cerimônias com as cinzas dela, como muitos brasileiros não podem por causa desta terceira onda de Covid, ainda temos os trâmites burocráticos que a morte nos impõe. Conto isso para que se entenda em que contexto estou respondendo à demanda sobre o assunto da pensão da minha filha mais velha”, começou ela.
Na longa carta, a atriz lamentou que a situação entre Manuela e o pai tenha chegado a tal ponto. “Fiquei muito triste quando, ainda com minha mãe do hospital, vi declarações feitas pelo pai da Manuela num vídeo de 11 minutos veiculado no YouTube. Não entendi nada. Por que aquela matéria ali, sem contextualização? Foi um susto porque respeito o André como colega de profissão, talentoso, que sempre foi muito gentil e afetivo”, avaliou Seiblitz. O vídeo em questão trata-se de uma entrevista do ator, também ao jornal ‘O Globo’, na qual ele declarou que a prisão pedida pelas próprias filhas é “devastadora demais” para prosseguir com sua carreira.
Ela esclareceu, ainda, que a ação judicial sobre a pensão alimentícia é de longa data e teve início por opção do próprio André. “Foi ele quem quis abrir o processo de pensão quando a Manu tinha uns 9 anos. Até então, eu não tinha nem advogada. Nesse momento, ele foi muito grosseiro comigo e não quis diálogo. Depois foram anos e anos, com várias situações diferentes e com a própria Justiça cobrando dele os atrasados”, relatou. “Quando minha filha fez 18 anos, a lei a coloca à frente do processo. Por isso acho muito estranho o pai dela dizer naquele vídeo que ela está tentando prendê-lo há cinco anos. O processo começou lá por 2009. Em 2019, ela aceitou o acordo que ele propôs. Só que ele não cumpriu”, revelou ela. “Tudo o que a Manuela queria era não estar nessa situação“, acrescentou Tereza.
“O rito de prisão que acontece agora é o da outra filha dele, a Valentina, a quem ele deve três vezes mais. Enquanto isso, nós, as mães, criamos nossas filhas sem vir a público, não é? Não sei a quem interessa essa exposição da vida pessoal. Eu continuo confiando nos trâmites legais em relação a esse assunto bem como às ofensas feitas publicamente, não só por ele, mas por alguns veículos de ‘informação'”, pontuou.
Seiblitz ainda desabafou sobre o ‘timing’ da polêmica, que aconteceu em meio ao luto da família. “É uma pena que as coisas tenham acontecido desse jeito num momento tão delicado para minha família. A única coisa boa é que esse assunto sobre pensão alimentícia seja debatido com a seriedade que merece. É impressionante o número de mensagens que recebo de mulheres que não conseguem nem ter acesso para a divisão, pelo menos financeira, dos custos da criação de um filho”, reforçou. “Acho que muita gente não sabe que a lei diz que o pai deve arcar com a divisão dos custos até os 24 anos ou até a formação no Ensino Superior (se isso acontecer antes). Seria muito bom não precisar de leis para algo que, para mim, faz parte da alegria/missão de botar alguém no mundo”, concluiu.