Os carros que faziam a comitiva de Taylor Swift durante a passagem da cantora pelo Rio de Janeiro para as apresentações da “The Eras Tour” foram apreendidos pela polícia civil neste sábado (18). Os veículos circularam pela cidade com as placas cobertas, o que configura o crime de adulteração no Brasil. A informação foi confirmada pela delegada Thaianne Barbosa de Moraes Pessoa, titular da 19ª Delegacia de Polícia Civil, no bairro do Leblon, à Folha de S.Paulo.
Segundo a delegada, um inquérito foi instaurado. A equipe da estrela também já prestou depoimento. Eles foram liberados em seguida por não existir situação de flagrante. “A polícia investiga agora as circunstâncias do fato”, afirmou Thaianne. O vídeo de alguns dos automóveis sendo apreendidos pela polícia circularam na web neste domingo (19).
A polícia civil,apreendeu alguns veículos que fazem parte da comitiva da cantora norte-americana Taylor Swift A ação ocorreu após um vídeo que mostrava os veículos circulando com as placas cobertas, pasmem escoltados pela Guarda Municipal do RJ. pic.twitter.com/v0wtdKzFPI
— Ação e Reação (@reacao_acao) November 19, 2023
De acordo com a publicação, a decisão da equipe de Taylor de cobrir as placas foi para zelar pela segurança da artista. Vários carros Jeep Commander, que levaram o time para o hotel onde estão hospedados, tiveram a placa adulterada. O caso ganhou repercussão depois que fotos dos veículos foram divulgadas nas redes sociais na última quinta-feira (16).
A assessoria de imprensa da Polícia Civil também confirmou a apreensão em nota oficial. “A 14ª DP (Leblon) recebeu a informação de que as placas dos carros que fazem a comitiva da cantora estavam cobertas com um plástico preto e uma equipe da delegacia foi ao hotel onde a artista está hospedada. Em declaração na delegacia, os motoristas disseram que foram orientados a cobrir as placas para trafegar em faixas exclusivas”, declarou o comunicado.
“Os veículos chegaram a ser apreendidos e foram entregues, tendo em vista que não houve flagrante e já não estavam com as placas cobertas. Os agentes solicitaram imagens de câmeras de segurança do local para serem analisadas. Os condutores poderão responder pelo crime de ocultar ou adulterar sinais identificadores de veículos. A investigação está em andamento”, finalizou.
Em abril deste ano, a Lei nº 14.562/2023 foi sancionada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. Ela decreta como crime o atos de “adulterar, remarcar ou suprimir número de chassi, monobloco, motor, placa de identificação, ou qualquer sinal identificador” de veículos. Antes disso, a ação era apenas considerada infração de trânsito. Caso houvesse o flagrante, ou seja, se a polícia estivesse no local quando as placas foram cobertas, a equipe de Taylor poderia ter sido condenada de três a seis anos de prisão.