James Gunn ganhou uma segunda chance! O polêmico diretor de “Guardiões da Galáxia”, demitido do terceiro filme da franquia em julho do ano passado, após antigos tuítes com piadas de estupro e pedofilia serem descobertos pelo público, foi recontratado pela Disney. De acordo com o Deadline, o estúdio devolveu a James sua posição como roteirista e diretor do longa.
A decisão, na verdade, foi tomada há meses, depois de muitas conversas entre os times da Disney e da Marvel. Após a demissão de James, o responsável pelo Walt Disney Studios, Alan Horn, se encontrou com o diretor em múltiplas ocasiões para discutir a situação. A mudança de ideia a respeito da contratação veio graças ao modo como James lidou com a situação e seu pedido de desculpas ao público.
Apesar das mensagens de James serem indefensáveis, o diretor demonstrou que estava bastante arrependido pela falta de sensibilidade de seus tuítes, e afirmou que eles foram feitos em uma época na qual ele tentava chamar atenção sendo “provocativo”. Apesar do teor de seus tuítes, nunca houve acusações de que James tenha comportamentos semelhantes àqueles que fez graça em suas mensagens. Segundo o Deadline, as piadas de James foram expostas como vingança de grupos da extrema direita dos Estados Unidos, que estavam bravos com o diretor por suas críticas ao governo do presidente Donald Trump.
O retorno de James para “Guardiões da Galáxia” se complicou após ele assinar contrato para escrever e dirigir a sequência de “Esquadrão Suicida” para a Warner Bros. Porém, a Marvel concordou em começar a produção de “Guardiões da Galáxia Vol. 3” após o diretor completar “Esquadrão Suicida 2”. Antes de ser demitido, James já havia escrito o roteiro de “Guardiões da Galáxia Vol. 3”.
Entenda o caso
Quando as publicações de Gunn com piadas sobre estupro e pedofilia surgiram, a Disney e a Marvel decidiram afastar o diretor, que já estava em fase de pré-produção do terceiro filme da franquia. Após a decisão tomada no dia 20 de julho, os atores da narrativa divulgaram uma carta aberta em que declaravam apoio ao diretor. Assinada por Chris Pratt, Zoe Saldana, Vin Diesel, Bradley Cooper, Dave Bautista, Karen Gillan, Sean Gunn, Pom Klementieff e Michael Rooker, a carta foi publicada nas respectivas redes sociais.
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“Embora eu não apoie as piadas inapropriadas de anos atrás de James Gunn, ele é um bom homem. Eu pessoalmente adoraria vê-lo reintegrado como diretor do Volume 3. Se você puder, por favor, leia a seguinte declaração assinada por todo o nosso elenco“, escreveu Chris Pratt no Instagram.
Na época, James também ofereceu sua versão dos fatos e pediu desculpa pelo modo como se comportou: “Minhas palavras de quase uma década atrás foram, na época, tentativas totalmente falhas e infelizes de ser provocativo. Desde então, eu me arrependo delas há muitos anos — não apenas porque elas foram estúpidas, sem graça, extremamente insensíveis e certamente não provocativas como eu esperava, mas também porque elas não refletem a pessoa que eu sou hoje e que sou há algum tempo”.
Ele também se mostrou compreensível a respeito da decisão da Disney em demiti-lo do cargo. “Independente de quanto tempo já passou, eu entendo e aceito as decisões de negócios tomadas hoje. Mesmo depois de todos esses anos, eu aceito toda a responsabilidade pelo modo como me comportei. Tudo que posso fazer agora, além de oferecer minhas sinceras e profundas desculpas, é ser o melhor ser humano que posso ser: mais aberto, compreensivo e comprometido com a igualdade, e muito mais cuidadoso com as minhas declarações públicas e minhas obrigações. Para todos dentro da minha indústria e além, eu novamente peço minhas profundas desculpas”, concluiu.
Bom… tomara que tudo isso sirva para o diretor pensar duas — ou três, quatro — vezes antes de publicar algo online, né? E que venha “Guardiões da Galáxia Vol. 3”!