A franquia de Shrek se tornou um verdadeiro fenômeno mundial, fazendo com que crianças e adultos se apaixonassem pelo ogro que, no final das contas, tinha um coração de ouro. Mas acreditem, lá no início dos anos 2000, quando a animação estava sendo desenvolvida, as primeiras versões feitas para o personagem iam deixar a missão de amá-lo bem difícil. Na verdade, era capaz que muitos pequenos saíssem aos prantos das salas de cinema…
Para quem não sabe, a produção é inspirada no livro de mesmo nome, escrito por William Steig. Logo, a equipe da DreamWorks Animation pegou como primeira referência as ilustrações da obra, que mostravam um Shrek bem carrancudo e com as sua inconfundíveis orelhas em formato de corneta.
Quando os testes começaram, a parte conceitual construiu uma versão do Shrek já computadorizada que era bem bizarra. As expressões não eram tão bravas quanto o desenho do livro, mas todo o resto não parecia muito simpático. O formato da cabeça do ogro era triangular, ele tinha um olhar estranho e look duvidoso. Espia só:
Em outro teste, a equipe foi para o lado oposto… Na época, o ator Chris Farley já tinha sido escolhido para dublar Shrek, e até chegou gravar diversos diálogos do personagem antes de sua trágica morte em 1997. O estúdio, então, tinha se inspirado nas feições e formatos do próprio Farley para um novo teste. Resultado?! O ogro parecia humano e simpático demais.
Com a entrada de Mike Myers no projeto para assumir a voz do protagonista, muitas mudanças foram necessárias, já que o ator não queria correr o risco de reproduzir as ideias que Chris Farley tinha tido. Isso acabou sendo uma “luz no final do túnel” para a DreamWorks chegar na versão final do Shrek que tanto amamos. O sucesso estrondoso levou o estúdio a concorrer ao prêmio principal do Festival de Cinema de Cannes e a ganhar o Oscar de “Melhor Filme de Animação”. O primeiro filme faturou US$ 484 milhões (R$ 2,6 bilhões na cotação atual) nas bilheterias. Estima-se que o longa arrecadou ainda mais US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões) com a venda de DVD, VHS e acordos para exibição na TV. Um hit é um hit, né, bebês?!