Um homem está sendo investigado após a polícia encontrar ossos, sangue e uma serra em quartos alugados por ele na Cidade do México. Segundo a ABC News, também foram achados celulares e carteiras de identidade de mulheres desaparecidas. A imprensa e as autoridades já o tratam como um serial killer.
De acordo com Ulises Lara, promotor do caso, o suspeito, identificado apenas como Miguel, aguarda, desde 19 de abril, para ser julgado por homicídio e tentativa de homicídio de duas mulheres. O crime em questão aconteceu pouco antes de sua prisão. Na investigação, Lara afirmou que o homem estava mantendo ossos de outras 6 mulheres em seu quarto.
A Associated Press revelou que crânios também foram encontrados dentre os “materiais biológicos”. O promotor ressaltou que a maioria dos crimes do homem aconteceu em 2012, 2015 e 2018, o que significa que ele não foi capturado durante, pelo menos, 12 anos. “Ele não mostrava sinais de comportamento violento ou agressivo em sua vida diária“, revelou Lara.
Miguel foi preso quando, supostamente, invadiu o apartamento de um vizinho, em 16 de abril. Ele teria abusado sexualmente e estrangulado a filha de 17 anos do morador. A mãe da adolescente teria retornado à moradia e viu o suspeito saindo do local. Ele, então, teria reagido, cortado o pescoço da mulher e fugido logo em seguida, segundo os policiais. A mãe conseguiu sobreviver, entretanto, a filha foi a óbito.
Lara disse então que as evidências encontradas, em um apartamento revistado após o incidente, “indicam claramente” que eles estavam “investigando um possível assassino em série de mulheres”. O homem, segundo o promotor, atuava como químico e há mais de uma década na capital mexicana.
Também foram recolhidos cadernos que “podem muito bem ter anotações dos atos que Miguel praticou contra as suas vítimas”, acrescentou o promotor. Cinco das identidade encontradas pertenciam a mulheres que foram localizadas vivas. Lara ainda não especificou quantos documentos eram de desaparecidas ou mortas.
O promotor informou que as famílias de quatro desaparecidas foram contatadas. Juan Carlos Gutiérrez, advogado que representa os parentes de uma delas, questionou as autoridades sobre a investigação não ter sido iniciada na época do sumiço. “Por que nunca houve uma investigação, por que as pessoas nunca foram interrogadas, apesar dos relatos de desaparecimento terem sido registrados a partir de 2015?“, perguntou Gutiérrez, segundo a Associated Press. Este, aliás, não é o primeiro caso de um serial killer na Cidade do México.
Em 2021, um homem só foi capturado após anos cometendo diversos crimes. Ao todo, 19 corpos foram encontrados mutilados e enterrados em sua residência. A sua última vítima foi a esposa de um comandante da polícia. Em 2018, outro assassino foi preso depois de matar 10 mulheres. Ele só foi detido quando foi visto empurrando um corpo desmembrado pela rua, em um carrinho de bebê. A intenção era jogar os restos mortais em um terreno baldio, assim como fazia com as outras vítimas.