Um bebê de um ano morreu por overdose de fentanil em Nova Iorque na última sexta-feira (15) após ter contato com a droga que estava escondida em uma creche. De acordo com as investigações, um quilo do opióide foi achado por policiais embaixo de um colchão no quarto de soneca das crianças. Dois meninos de dois anos e uma bebê de oito meses também foram expostos ao narcótico e foram internados.
A creche, localizada no bairro do Bronx, funcionava em um apartamento e recebia crianças de 8 meses a 12 anos. O bebê que não resistiu tinha começado a rotina no lugar há uma semana. O canal NBC News informou que a morte dele foi constatada no hospital. Um dos meninos que foi internado está com estado de saúde “crítico”. Já a menina de oito meses e o outro garoto têm estado de saúde estável, mas seguem internados.
As autoridades acreditam que as crianças inalaram a droga acidentalmente, mas a perícia continua com a investigação para saber como a contaminação aconteceu. Grei Mendez, dona da creche, e Carlisto Acevedo Brito, homem que alugava um quarto dela, foram presos ao serem alvos de acusações por conspiração e assassinato.
Três prensas que supostamente seriam usadas para empacotar as drogas foram encontradas no local. Em entrevista à NBC News, Damien Williams, procurador de Manhattan, afirmou que Grei e Carlisto são culpados pela tragédia. “Declaramos que eles envenenaram quatro bebês, matando um deles, porque gerenciavam uma operação de tráfico de drogas dentro da creche”, disse ele.
A defesa da mulher alegou que ela entrou em pânico depois de encontrar as crianças supostamente sob efeito de drogas. Grei só teria conversado com o marido por dez segundos antes de ligar para a polícia. A advogada dela ainda alegou que a dona da creche não sabia que havia drogas no estabelecimento.
O prefeito de Nova York, Eric Adams, também se pronunciou sobre o ocorrido. “Nós simplesmente nos tornamos tão confusos como sociedade. Precisamos nos recompor. Não sei o que há de errado conosco. Tínhamos fentanil em uma local para crianças”, declarou. Segundo o Departamento de Saúde de Nova York, o local tinha autorização para funcionar. Três inspeções já tinham sido feitas no lugar, sendo uma delas de surpresa. Nenhuma violação foi encontrada.