Semanas após a divulgação do perfil de Christian Brückner, novo suspeito do desaparecimento de Madeleine McCann, uma fonte da polícia portuguesa afirmou que as novas provas contra o alemão são “contundentes”, ou seja, muito incisivas. O funcionário do alto escalão conversou com a BBC e falou mais sobre a investigação.
Após ter acesso às provas reunidas pelas autoridades alemãs, que indicariam possível participação de Christian no caso, esse funcionário da corporação definiu as evidências como “muito importantes” e “contundentes”. Segundo o insider, a polícia portuguesa também está disposta a cooperar nessa nova fase da investigação do sumiço, que aconteceu em 2007, na Praia da Luz, em Portugal.
De acordo com outro informante, além da polícia alemã, a própria corporação de Portugal passou a considerar Christian como suspeito no caso. Acredita-se que o homem de 43 anos estivesse na área em que Madeleine foi vista pela última vez. Segundo a correspondente da BBC News, Lucy Williamson, ter a polícia portuguesa confirmando que as provas são “muito importantes” e “contundentes” “é um sinal do quão sérios os novos desdobramentos do caso têm sido encarados no país”.
O promotor público Hans Christian Wolters, que está conduzindo as investigações na Alemanha, já havia revelado que entre os anos de 1995 e 2007, Christian frequentemente viajava para a região do Algarve, em Portugal. Inclusive, em dezembro de 2019, o novo suspeito do caso foi condenado a sete anos de prisão por estuprar uma senhora de 72 anos, em 2005, no mesmo resort em que a família da garotinha britânica se hospedava na ocasião do sumiço.
Atualmente, Brückner cumpre pena por tráfico de drogas na cidade de Kiel, na Alemanha, enquanto recorre à sentença de sete anos pelo caso do estupro que aconteceu 18 meses antes de Madeleine ser abduzida. Segundo o DailyMail, o criminoso foi transferido para uma cela solitária para evitar ataques de outros presidiários, visto que se tornou suspeito no caso de Maddie.
No último dia 8, em entrevista à Sky News, o procurador responsável pelo caso afirmou que a polícia alemã investiga diversos indícios de assassinato, mas ainda não teria as evidências necessárias — como a localização do corpo de Madeleine — para emitir um mandato contra Christian Brückner.
Em entrevista ao programa “Good Morning Britain” no dia 9 de junho, o editor-chefe do tabloide alemão Bild, Julian Reichelt, afirmou: “Eles têm uma ideia de como Madeleine McCann morreu, e como o assassinato aconteceu. Mas eles não sabem onde o corpo pode ter sido enterrado”. Reichelt também falou que Brückner sabe de coisas sobre o desaparecimento que só o suspeito do crime poderia saber. Isto convenceu a polícia de que Madeleine foi assassinada, e de que o alemão é o culpado.
Além disso, antigos colegas de trabalho afirmaram que Brückner deu detalhes do que teria feito com Madeleine. Segundo o The Sun, o alemão também teria “surtado” com funcionários e gritado que a garotinha está morta. Clique aqui para ver os vídeos e saber todos os detalhes dos depoimentos.
Relembre o caso de Madeleine McCann
A pequena Madeleine McCann desapareceu aos três anos de idade, enquanto passava as férias com a família na Praia da Luz, em Portugal. Ela completaria quatro anos em 10 dias. A menina estava com os irmãos gêmeos Sean e Amelie, então com dois anos, no quarto de hotel. Seus pais, Kate e Gerry McCann, tinham saído para jantar com amigos em um restaurante próximo, dentro do complexo turístico, deixando as crianças desacompanhadas. Assim que eles voltaram, descobriram que Madeleine tinha sumido.
De acordo com o G1, os próprios pais de Madeleine foram considerados suspeitos pela polícia portuguesa, após a descoberta de vestígios biológicos da menina em seus objetos pessoais, e em um automóvel alugado após o desaparecimento. A suspeita era de que Kate e Gerry tivessem ocultado o corpo da filha, após ela ter morrido acidentalmente. Porém, a Justiça portuguesa largou esta linha de investigação quando as análises das amostras que os incriminavam, realizadas no Reino Unido, foram consideradas inconclusivas. Outro suspeito foi o britânico-português Robert Murat, que morava perto do hotel.
O caso é um grande mistério até hoje, que desperta o interesse do público; Madeleine já foi avistada cerca de 9 mil vezes, em mais de 100 países — todas as pistas eram falsas. Na Netflix, está disponível o documentário “O Desaparecimento de Madeleine McCann”, com entrevistas dos principais envolvidos na história.