Caso Madeleine McCann: Suspeito teria dado pistas do que fez com Madeleine a antigos colegas de trabalho; saiba os detalhes

Os promotores do caso de Madeleine McCann têm “algumas evidências” de que a menina está morta. Na segunda-feira (8), em entrevista à Sky News, o procurador responsável pelo caso, Hans Christian Wolters, afirmou que a polícia investiga diversos indícios de assassinato, mas ainda não tem as evidências necessárias — como a localização do corpo de Madeleine — para emitir um mandato contra o suspeito, o alemão Christian Brückner, de 43 anos.

“No momento, nós não temos provas suficientes para um julgamento no tribunal, mas nós temos algumas evidências de que o suspeito [matou Madeleine]. É por isso que nós precisamos de mais informações, especialmente de lugares em que ele viveu, para que nós possamos focar nestes lugares e procurar por Madeleine”, explicou Wolters.

A pequena Madeleine McCann desapareceu aos três anos de idade. Seu paradeiro permanece um mistério. (Foto: Reprodução)

Em entrevista ao programa “Good Morning Britain” nesta terça (9), o editor-chefe do tabloide alemão Bild, Julian Reichelt, afirmou: “Eles têm uma ideia de como Madeleine McCann morreu, e como o assassinato aconteceu. Mas eles não sabem onde o corpo pode ter sido enterrado”. Reichelt também falou que Brückner sabe de coisas sobre o desaparecimento que só o suspeito do crime poderia saber. Isto convenceu a polícia de que Madeleine foi assassinada, e de que o alemão é o culpado.

Continua depois da Publicidade

Brückner é um pedófilo condenado. Atualmente, ele cumpre pena na Alemanha por tráfico de drogas, enquanto recorre a uma sentença de sete anos por um estupro na Praia da Luz, 18 meses antes de Madeleine ser abduzida, há 13 anos.

Imagem de Christian Brueckner, suspeito investigado por homicídio no caso de Madeleine McCann. (Foto: Reprodução/Metro UK)

De acordo com o jornal The Sun, Brückner “surtou” em 2014 com os funcionários de um bar que ele gerenciava, durante uma discussão sobre o caso de Madeleine McCann. “A criança está morta e isso é uma coisa boa”, ele teria gritado na ocasião.

Continua depois da Publicidade

A colega de trabalho do suspeito, Lenta Johlitz, de 34 anos, revelou: “Uma vez ele surtou completamente quando nós estávamos sentados, conversando com amigos sobre o caso da Madeleine. Ele queria que a gente parasse. Ele gritou: ‘A criança está morta e isso é uma coisa boa’. E depois disse: ‘Você pode fazer um corpo desaparecer rapidamente. Porcos também comem carne humana'”. Em um vídeo para o The Telegraph, ela disse que o assunto o deixou agressivo, nervoso e agitado. “Essa foi a única situação que eu olho para trás e penso: ‘Por que ele disse aquilo?'”, afirmou Johlitz.

Além de Madeleine, os promotores estão investigando novamente o caso de uma menina de 9 anos, Peggy Knobloch, que foi assassinada após desaparecer em 2001. Brückner também foi ligado a outros três assassinatos, incluindo o desaparecimento de um menino de 6 anos em Portugal, em 1996, e uma garota de 5 anos na Alemanha, em 2015. A polícia da Bélgica ainda o ligou ao assassinato de Carole Titze, de 16 anos, que desapareceu enquanto passava férias em De Hann, em 1996.

Continua depois da Publicidade

Relembre o caso de Madeleine McCann

A pequena Madeleine McCann desapareceu aos três anos de idade, enquanto passava as férias com a família na Praia da Luz, em Portugal. Ela completaria quatro anos em 10 dias. A menina estava com os irmãos gêmeos Sean e Amelie, então com dois anos, no quarto de hotel. Seus pais, Kate e Gerry McCann, tinham saído para jantar com amigos em um restaurante próximo, dentro do complexo turístico, deixando as crianças desacompanhadas. Assim que eles voltaram, descobriram que Madeleine tinha sumido.

De acordo com o G1, os próprios pais de Madeleine foram considerados suspeitos pela polícia portuguesa, após a descoberta de vestígios biológicos da menina em seus objetos pessoais, e em um automóvel alugado após o desaparecimento. A suspeita era de que Kate e Gerry tivessem ocultado o corpo da filha, após ela ter morrido acidentalmente. Porém, a Justiça portuguesa largou esta linha de investigação quando as análises das amostras que os incriminavam, realizadas no Reino Unido, foram consideradas inconclusivas. Outro suspeito foi o britânico-português Robert Murat, que morava perto do hotel.

Kate e Gerry McCann em 2007. (Foto: Reprodução/YouTube)

O caso é um grande mistério até hoje, que desperta o interesse do público; Madeleine já foi avistada cerca de 9 mil vezes, em mais de 100 países — todas as pistas eram falsas. Na Netflix, está disponível o documentário “O Desaparecimento de Madeleine McCann”, com entrevistas dos principais envolvidos na história.