Um almoço em família terminou em tragédia na Austrália. Em julho, três dos quatro convidados morreram após comerem os pratos preparados por Erin Patterson. O único sobrevivente recebeu alta neste domingo (24), depois de ficar quase dois meses internado. A polícia suspeita que eles ingeriram cogumelos venenosos conhecidos como “chapéu-da-morte”.
De acordo com a CNN, Patterson serviu a refeição aos ex-sogros, Gail e Don, à irmã, Heather, e ao cunhado, Ian. Mais tarde, naquela noite, os dois casais começaram a sentir sintomas de intoxicação alimentar e procuraram ajuda nos hospitais próximos. Em poucos dias, todos morreram; apenas Ian conseguiu se recuperar.
As mortes chocaram a pequena cidade de Leongatha. Em uma conversa com a mídia local, Erin negou qualquer irregularidade na comida. “Estou devastada. Eu amava eles. Não posso acreditar que isso tenha acontecido e sinto muito”, disse a mulher de 48 anos. Em depoimento à polícia, Patterson afirmou que comprou os cogumelos num supermercado asiático e que também foi hospitalizada após o almoço, com fortes dores de estômago e diarreia, mas foi liberada posteriormente.
Em uma coletiva de imprensa, o detetive Dean Thomas, do esquadrão de homicídios, afirmou que Erin é suspeita porque ela preparou o almoço e foi a única que não teve sintomas graves. Ele explicou que a mulher e o ex-marido, Simon, se separaram, mas “mantinham um relacionamento amigável”. Inclusive, os dois filhos do ex-casal também estavam no almoço, mas fizeram uma refeição diferente e não apresentaram sinais de doença.
As toxinas nos cogumelos chapéu-da-morte não podem ser destruídas fervendo, cozinhando, congelando ou secando e comer apenas uma pequena porção pode levar à morte. Os agentes revistaram a casa de Patterson e apreenderam vários objetos para testes forenses. Os resultados ainda não foram liberados.
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