Hugo Gloss

Inglês de 28 anos tem morte cerebral declarada, mas acorda pouco antes de aparelhos serem desligados

James Howard-Jones (Foto: Reprodução: GoFound Me)

Um jovem inglês de 28 anos acordou pouco antes de ter os aparelhos que o mantinham vivo desconectados. James Howard-Jones tinha recebido o diagnóstico de morte cerebral após ficar mais de um ano em coma devido a uma agressão. A notícia foi compartilhada pelo Daily Mail, nesta quarta-feira (5).

Conforme noticiado pelo veículo, James recebeu um único soco de Ben Davis, de 24 anos, durante uma briga na cidade de Cheltenham, na Inglaterra. O ataque ocorreu depois que James e seus amigos foram a um bar para assistir a uma luta de boxe televisionada. Ao ser atingido por Davies, o jovem caiu para trás e bateu com a cabeça.

O agressor foi preso pouco depois e condenado a dois anos e quatro meses de prisão. Já a vítima foi levada imediatamente para o hospital, onde permaneceu inconsciente e precisou passar por várias cirurgias de emergência. Em determinado momento, seu estado de saúde melhorou e ele foi transferido para um centro de reabilitação, contudo, ainda não tinha recuperado os sentidos.

“Lentamente, a condição de James melhorou a ponto de ele poder ser transferido. No entanto, ele voltou ao hospital várias vezes devido a várias convulsões. Não sabíamos se ele sobreviveria ou não”, disse o pai de James, Neil Howard-Jones, durante o tribunal que julgava o caso. Ele continuou: “Os médicos disseram a eles nas primeiras semanas que o cérebro de James estava morto e o melhor que podiam fazer era deixá-lo partir”.

James, que era atleta antes do ataque, teve sua morte cerebral declarada. No entanto, pouco tempo antes de ter seus aparelhos desligados, ele acordou. “Arranjos estavam sendo feitos para a doação de transplantes. Concordamos que isso deveria ser adiado por uma semana para que a família e os amigos pudessem se despedir. Mas aí ele recuperou a consciência”, relembrou o pai.

Embora tenha sobrevivido, o jovem continuará com graves sequelas físicas e mentais que exigirão cuidados constantes pelo resto de sua vida. Segundo o promotor do caso, Jack Berry, “ele está totalmente ciente de sua nova condição e de tudo o que perdeu, o que também lhe causou uma depressão profunda”.

Inicialmente, James só conseguia fazer contato visual, sem se mover ou falar. Atualmente, ele precisa de ajuda para sair da cama e para ir ao banheiro. Além disso, usa uma cadeira de rodas por algumas horas por dia, devido ao cansaço. Um fundo de doações foi criado por seu irmão e já arrecadou mais de £ 12 mil (R$75 mil).

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