Mãe nota detalhe incomum pela babá eletrônica e descobre câncer em bebê; entenda

Benny foi diagnosticado com com retinoblastoma e passou por tratamento intensivo

Babá Eletrônica

Recentemente, nos Estados Unidos, um bebê de seis meses foi diagnosticado com um câncer ocular raro, depois que sua mãe percebeu algo incomum em seu olho através da babá eletrônica. Após uma ressonância magnética, no Intermountain Primary Children’s Hospital, em Utah, os médicos diagnosticaram Benny com retinoblastoma – o mesmo câncer que acomete a pequena Lua, filha de Tiago Leifert e Daiana Garbin.

Enquanto monitorava a criança no berço, a mãe percebeu que Benny aparecia com um olho preto e outro com uma luz brilhante. Inicialmente, ela pensou que fosse apenas um erro na babá eletrônica. A mulher só decidiu levar o menino ao pediatra quando a avó dele confirmou que “seus olhos pareciam turvos sob determinadas luzes”. O relato foi publicado no “Inside Edition”.

Como a doença foi detectada de forma precoce, os profissionais conseguiram recuperar parte da visão do olho esquerdo. Apesar disso, segundo ela, a criança ainda enfrenta problemas na visão. “O câncer foi detectado precocemente. No entanto, olhando para trás agora e sabendo o que estou procurando, posso ver o ‘brilho’ [nos olhos de Benny] já aos três meses de idade”, contou a mãe, que preferiu não ser identificada.

A mulher ainda criticou a falta de informação sobre o câncer ocular, ressaltando a importância de falar sobre o caso de seu filho e ajudar outras famílias. “Eu nunca tinha ouvido falar de retinoblastoma antes. Se essa história de alguma forma surgir quando o próximo pai preocupado pesquisar sobre isso na internet, então o fato de eu ter perdido isso por três meses valeu alguma coisa”, acrescentou.

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Segundo Eric Hansen, oncologista do centro oftalmológico da Universidade de Utah, os médicos tiveram “sorte” com Benny. “No caso de Benny, tivemos muita sorte porque [uma babá eletrônica] não possui software integrado para eliminar esse reflexo vermelho. Se você notar alguma preocupação com os olhos, converse com seu pediatra imediatamente, não ignore”, alertou.

Benny foi diagnosticado como retinoblastoma. (Foto: Reprodução/ YouTube)

O diagnóstico foi cedo o suficiente para que os médicos conseguissem utilizar uma técnica menos invasiva, sem a necessidade de cirurgias. Eles decidiram tratar o câncer inserindo um microcateter – com menos de um milímetro – em uma artéria na perna do bebê, passando por todo o corpo até o tumor no olho, administrando a quimioterapia diretamente.

O tratamento acontecia “uma vez a cada poucas semanas durante vários meses”, de acordo com o relato. Com 18 meses completos, o menino foi declarado livre da doença, mas faz retornos periódicos para monitoramento. Mesmo com atraso no desenvolvimento, ele está frequentando uma escola especial para ajudá-lo na adaptação.

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Os profissionais também investigaram a origem da doença em Benny. Os geneticistas descobriram que faltava o gene do retinoblastoma 1, que normalmente não é visto em crianças com esse tipo de câncer. Um sequenciamento genético mais extenso também descobriu que faltava parte do cromossomo 13 ao bebê de seis meses, o que é raro e pode levar a outros problemas médicos.

O retinoblastoma é um câncer de retina que afeta principalmente crianças com menos de cinco anos de idade. É o câncer ocular mais comum na infância, representando cerca de 3% de todos os cânceres infantis. Os sintomas incluem pupila branca, olhos turvos, olhos desalinhados voltados para as orelhas ou nariz, íris de cores diferentes e globo ocular vermelho e inflamado.

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