Amiga, desliga a câmera! Uma mulher se surpreendeu ao descobrir os os métodos que a empresa para a qual trabalhava nos EUA usava para controlar os funcionários em home office. Michae Jay postou uma série de vídeos no TikTok denunciando a organização, que tirava fotos e gravava vídeos dela através da câmera do próprio computador — sem que ela soubesse. Após tornar o caso público, ela foi demitida.
Na publicação, com quase meio milhão de visualizações, Jay revela que fez a descoberta quando foi flagrada preparando um lanche na cozinha durante o horário de trabalho. A mulher explicou que a empresa bloqueou o acesso de seu computador à plataforma por ela se afastar alguns minutos do teclado. “Não está na mesa. Medida tomada. Por favor, obtenha a aprovação do seu superior para tentar novamente”, dizia a mensagem na tela.
“Essas pessoas bloquearam meu computador. Bloquearam meu computador porque eu estava na cozinha preparando um lanche. Eles só querem que a gente trabalhe [enquanto estamos] em casa”, reclamou.
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Quando perguntada por que não desligava a webcam para manter a privacidade, a ex-funcionária da companhia de tecnologia Klarna explicou que não tinha essa permissão porque, como descobriu depois, “eles usavam [a câmera] para monitorá-la e tirar fotos dela ao longo do dia”. A empresa ainda bloqueava o computador caso ela fosse vista fora do assento, utilizando o celular ou se outra pessoa entrasse na sala, sendo necessário mais de quarenta minutos para recuperar o acesso.
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De acordo com o Daily Dot, Michae Jay foi demitida do emprego depois de divulgar a crítica nas redes sociais, afirmando que “estava cansada” da situação. O site afirmou que ela recebeu um email informando sobre seu desligamento, porém, em seguida, foi chamada para uma reunião online.
Em outras publicações, a jovem repreendeu mais processos da organização, como a linguagem antiprofissional, a falta de informação quando aceitou a proposta de emprego e o fato de que os chefes insistiam em argumentar que os funcionários trabalhavam menos horas do que o devido — o que afetava diretamente o salário. Ela alegou que esses são os motivos da empresa apresentar um alto índice de rotatividade.
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A mulher ainda foi questionada se chegou a manipular informações pessoais dos clientes, como forma de justificar a vigilância excessiva sobre os funcionários, porém, ela respondeu que não era responsável pelos dados sigilosos.
Centenas de usuários deixaram comentários para expressar seu apoio à Jay e se queixaram dos próprios serviços. “Esse nível de microgerenciamento os manterá altos”, comentou um perfil. “Menina! É hora de ir”, disse outra pessoa. E um terceiro afirmou: “Você deve sempre cobrir sua câmera”.