Nesta quinta-feira (5), o suspeito de matar brutalmente quatro estudantes da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos, esteve diante da Corte pela primeira vez. Bryan Kohberger, de 28 anos, foi preso no dia 30 de dezembro com quatro acusações de homicídio doloso e outra de roubo. A polícia também divulgou que o DNA dele foi encontrado na faca que estava na cena do crime. O objeto foi recolhido pelas autoridades no quarto das vítimas e o material genético era compatível com o encontrado na lata de lixo dos pais do jovem.
De acordo com o TMZ, Bryan retornou para Idaho nesta quarta-feira (4). Ele chegou ao aeroporto regional do outro lado da fronteira do estado, em Pullman, Washington, onde foi escoltado por policiais do estado da Pensilvânia e entregue às autoridades locais. Ele fez sua primeira aparição no tribunal de Moscow nesta quinta-feira (5).
O juiz determinou que ele fosse mantido preso sem fiança e determinou um defensor público. O site ainda informou que, durante o julgamento, o suspeito não demonstrou nenhuma emoção. Ao todo, onze familiares das vítimas estavam presentes no local. Assista abaixo ao vídeo de Kohberger chegando ao tribunal:
A declaração de prisão de Kohberger revelou que ele já estava sendo investigado pela polícia como possível suspeito menos de duas semanas após os assassinatos. No entanto, as autoridades estavam em busca do Hyundai Elantra branco que pertence ao rapaz. A publicação afirmou que o veículo passou quatro vezes próximo à casa dos alunos no dia em que o crime aconteceu, 13 de novembro, até parar em frente ao local às 4h04.
Os vídeos das câmeras de vigilância mostraram o automóvel saindo em alta velocidade da área às 4h20. Durante a investigação, a polícia descobriu que Bryan dirigiu em direção à universidade em que ele tem formação em criminologia, a Washington State University. No final de novembro, os agentes descobriram o número da placa e acharam o veículo na garagem do suspeito após irem até a casa dele no meio da noite.
O TMZ ainda informou que um dos sobreviventes do crime disse ter visto um homem de 1,70m ou mais alto, não muito musculoso mas com porte atlético e com sobrancelhas grossas, vestindo roupas pretas e uma máscara. A jovem afirmou que o homem passou por ela enquanto ela estava “congelada em choque” e, logo em seguida, saiu de casa.
Ela ainda pontuou que olhou para fora do seu quarto depois de ouvir uma voz feminina dizendo “há alguém aqui”. Segundo o site, a fala possivelmente veio de Kaylee Gonçalves, uma das vítimas do assassinato. A estudante adicionou que também escutou um homem dizer: “Tudo bem, vou te ajudar”. A polícia confirmou que as características descritas pela sobrevivente combinam com as de Kohberger.
Outra evidência divulgada pelos agentes são os registros feitos pelo celular do suspeito. Câmeras da Washington State University mostram Bryan saindo do campus às 2h44 do dia 13 de novembro. Os registros do aparelho indicam que ele saiu de sua residência às 2h47 e viajou em direção ao sul, passando por Pullman, Washington.
Os registros, então, foram interrompidos e só retornaram às 5h30, quando ele já estava de volta à sua casa. A hipótese levantada pela polícia é que ele desabilitou o celular para não ter qualquer indício de que estaria viajando. As autoridades também têm imagens dele retornando para o campus às 5h25. Os dados do aparelho apresentaram que o rapaz voltou à cena do crime horas depois, entre 9h12 e 9h21. Todavia, os agentes policiais só foram acionados às 11h58.
A publicação ainda ressaltou que o celular também indicou que Bryan passou 12 vezes pela casa dos estudantes no dia 22 de junho, geralmente no fim da noite e no início da manhã. Além disso, o suspeito se inscreveu em um estágio no departamento de polícia de Pullman no outono americano – entre os meses de setembro e novembro de 2022. A cidade fica a 16 quilômetros da região em que os estudantes moravam.
Relembre o caso
No dia 13 de novembro, as autoridades de Moscow, nos Estados Unidos, receberam um chamado envolvendo um “indivíduo inconsciente”. No entanto, ao chegarem no local, se depararam com os corpos de quatro vítimas: Kaylee Gonçalves, de 21 anos, Ethan Chapin, de 20, Xana Kernodle, também de 20, e Madison Mogen, de 21. Todos eram alunos da Universidade de Idaho, e estavam numa casa em uma vizinhança próxima da caixa d’água estampada com o logo da instituição. Segundo o The New York Times, a cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, não registrava um assassinato desde 2015.
À Fox News, um policial revelou o cenário assustador que foi encontrado na residência em que o crime aconteceu. O sangue das vítimas chegou a descer pela parede, pingando do quarto do primeiro andar. Foi possível ver o líquido escorrendo até mesmo do lado de fora da casa, na parte dos fundos. “Foi uma cena muito sangrenta no lado de dentro”, afirmou o agente. (Alerta: imagens fortes!) Veja as fotos, clicando aqui.
Horas antes do assassinato brutal, o casal Ethan e Xana estava numa festa no campus, enquanto Kaylee e Madison foram até um bar no centro da cidade. As duas meninas, inclusive, foram registradas pelas câmeras de segurança. Todos eles voltaram para a casa de suas amigas após 1h45 da manhã. Catharine Mabbutt, médica-legista do condado de Latah, informou que todas as vítimas estavam dormindo quando foram assassinadas.
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