Alunos de Idaho: irmã de acusado estrelou filme de terror com semelhanças com o caso

“Two Days Back” foi lançado em 2011

Assassinatos Idaho

Nesta quinta-feira (5), a imprensa internacional se debruçou sobre uma coincidência bizarra do caso de Idaho. A irmã de Bryan Kohberger – acusado de assassinar quatro estudantes no estado – estrelou um filme de terror de baixo orçamento bem sangranto. No longa, os personagens são brutalmente esfaqueados até a morte com facas e machados.

No filme “Two Days Back”, de 2011, Amanda atua como Lori. A trama gira em torno de um grupo de jovens estudantes que fazem caminhadas em uma floresta remota até darem de cara com um assassino maníaco. De acordo com o The New York Post, o slasher traz semelhanças assustadoras com o caso pelo qual Bryan será julgado.

Contatado pelo jornal, Kevin Boon, diretor do projeto, se mostrou surpreso: “Você está brincando comigo, o irmão dela é aquele cara? Nossa, cara, caramba“. Ele, que é professor de inglês e estudos de mídia na Universidade Penn State Mont Alto, explicou que fez o filme com alunos e escalou Kohberger após uma audição aberta.

Eu me lembro bem dela. Eu dirigi o filme, escrevi o filme e a escalei. Ela é uma mulher adorável, que foi muito legal. Eu gostei muito dela“, pontuou. “Eu sei que ela tentou uma carreira como atriz. Em filmes de baixo orçamento, há um monte de caras chatos, mas ela foi esperta o suficiente para não aceitar essas coisas. Não havia nada de estranho nela. Eu não posso acreditar que é o irmão dela“, exclamou.

Katherine Howard, que também participou da produção, disse que era amiga de Amanda na época, mas que as duas não mantêm contato. “Não sei muito sobre a família dela nem nada, ela era uma menina muito doce, nos dávamos muito bem“, opinou. Confira o trailer do filme:

Bryan Kohberger foi preso na última sexta (30), em conexão com os assassinatos de quatro estudantes da Universidade de Idaho, nos Estados Unidos. Agentes revelaram que ele teria sido encontrado na casa de seus pais, em Albrightsville.

A prisão aconteceu um dia após a polícia da cidade de Moscow revelar que analisou cerca de 20 mil denúncias em mais de 9 mil emails, 4,5 mil telefonemas, e mais de 6 mil envios de mídia digital. Ao todo, mais de 300 entrevistas foram feitas. No início de dezembro, surgiram novas pistas, depois de as autoridades buscarem informações sobre um carro que estava próximo da cena do crime no dia em que tudo aconteceu.

Relembre o caso

Em 13 de novembro, as autoridades de Moscow, nos Estados Unidos, receberam um chamado envolvendo um “indivíduo inconsciente”. No entanto, ao chegarem no local, se depararam com os corpos de quatro vítimas: Kaylee Gonçalves, de 21 anos, Ethan Chapin, de 20, Xana Kernodle, também de 20, e Madison Mogen, de 21. Todos eram alunos da Universidade de Idaho, e estavam numa casa em uma vizinhança próxima da caixa d’água estampada com o logo da instituição. Segundo o The New York Times, a cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes, não registrava um assassinato desde 2015.

À Fox News, um policial revelou o cenário assustador que foi encontrado na residência em que o crime aconteceu. O sangue das vítimas chegou a descer pela parede, pingando do quarto do primeiro andar. Foi possível ver o líquido escorrendo até mesmo do lado de fora da casa, na parte dos fundos. “Foi uma cena muito sangrenta no lado de dentro”, afirmou o agente. (Alerta: imagens fortes!) Veja as fotos, clicando aqui.

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Os quatro amigos foram encontrados mortos em cena de crime brutal, numa casa próxima ao campus. (Fotos: Reprodução)

Horas antes do assassinato brutal, o casal Ethan e Xana estava numa festa no campus, enquanto Kaylee e Madison foram até um bar no centro da cidade. As duas meninas, inclusive, foram registradas pelas câmeras de segurança. Todos eles voltaram para a casa de suas amigas após 1h45 da manhã. Catharine Mabbutt, médica-legista do condado de Latah, informou que todas as vítimas estavam dormindo quando foram assassinadas.

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