A batalha judicial que envolve a tutela de Britney Spears ganhou um novo capítulo – dessa vez, cinematográfico. Isso porque o canal FX divulgou, nessa quinta-feira (21), o trailer da série documental “Framing Britney Spears”, feita em parceria com o renomado “The New York Times”.
O especial dedicado à popstar faz parte do projeto “The New York Times Presents”, e dessa vez, jornalistas do NYT analisam o polêmico capítulo da vida pessoal e profissional da loira, debatendo os motivos que levaram-na a se tornar refém do próprio pai, assim como o movimento “Free Britney”, criado por fãs da estrela.
A prévia de 30 segundos mostra pessoas próximas da cantora, juntamente a membros do movimento, falando sobre o tratamento “nojento” que Spears recebeu ao longo dos anos. “Ela aceitou o fato de que a tutela iria acontecer, mas não queria que o pai fosse o responsável”, aponta um recorte, sobre os altos e baixos da relação de pai e filha. “Por que o pai está tomando todas as decisões no lugar dela? Por que ele ainda está nisso?”, questiona outra das entrevistadas.
O documentário irá ao ar na FX em 5 de fevereiro e também será disponibilizado na plataforma de streaming Hulu, no mesmo dia. Assista ao vídeo abaixo:
https://www.youtube.com/watch?v=OqNKrp75UYw
Entenda o caso da tutela de Britney
Em 2008, Britney Spears passou a viver sob tutela gerenciada por seu pai, Jamie Spears, e desde então, a estrela não tem mais controle sobre sua própria trajetória. Em setembro de 2019, um juiz nomeou a gestora Jodi Montgomery como tutora temporária da artista, depois que o pai da loira deixou o posto, alegando “razões pessoais de saúde”.
Nos Estados Unidos, o status de tutela é decretado por um tribunal para pessoas incapazes de tomar decisões por si mesmas. No caso da cantora, ela passou por um período conturbado em 2007, devido ao descontrole do uso de substâncias ilegais e bebidas alcoólicas, tendo como resultado diversos problemas na justiça, principalmente, em relação à guarda dos filhos.
Em maio de 2020, a tutela de Britney foi estendida. Os documentos do tribunal, obtidos pela revista norte-americana “Us Weekly”, mostraram que a gestora Jodi Montgomery foi autorizada a seguir no papel até 22 de agosto do mesmo ano. Britney, por sua vez, “expressou que não queria trabalhar novamente, porque não queria continuar a se manter essencialmente sob a tutela”. Assim, a carreira da popstar foi desacelerando, e o movimento #FreeBritney tomou força nas redes, graças à crescente preocupação dos fãs com o bem-estar da ídola.
Por mais de uma década, a artista aceitou silenciosamente o sistema. A tutela controla suas finanças e certos aspectos de sua vida cotidiana – como tratamentos de saúde mental e para onde e sob que condições ela está autorizada a viajar. No final de novembro, Britney entrou com um novo pedido na Justiça, para que sua gerente substituísse permanentemente Jamie como tutor.
Entretanto, a juíza responsável pelo caso recusou a petição, a despeito da defesa de Spears ter afirmado que ela não podia trabalhar enquanto ele estivesse no controle. “Minha cliente me informou que tem medo de seu pai. Ela não voltará a se apresentar ao vivo se o pai estiver no controle de sua carreira. Estamos em uma verdadeira encruzilhada”, disse o advogado Samuel Ingham, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
A audiência online, realizada em 16 de dezembro, sacramentou a decisão de que a loira seguirá sob tutela do pai, pelo menos, até o dia 3 de setembro de 2021. De acordo com o ET, o acordo foi estendido, já que o anterior acabaria agora em fevereiro.