Ator da Record assassinado fez pix de R$85 para criminosos; delegado detalha modus operandi de suspeitos

Edson Caldas Barboza estava em um bar quando desapareceu no dia 2 de fevereiro

Após confirmar que o corpo do ator Edson Caldas Barboza foi encontrado em Seropédica, Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, a polícia deu mais detalhes sobre o crime. Segundo os agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), o artista levou um tiro na cabeça após fazer um pix de R$85 reais para os bandidos.

A investigação já tinha concluído que Edson foi vítima de um latrocínio, roubo seguido de morte. Contudo, nesta sexta-feira (1º), o delegado Mauro Cesar descreveu a ação dos suspeitos. “Os integrantes dessa associação criminosa fizeram também outras três vítimas do crime de latrocínio”, informou ele ao g1.

“O modus operandi era sempre o mesmo: ou eles se utilizavam do site, de um perfil falso, e um site de troca de casais, ou se faziam passar por mulheres nas redes sociais e também atraíam as vítimas para esses encontros amorosos. Duas das quatro vítimas morreram dentro da própria casa, após marcarem encontro com essas mulheres por meio desse site”, acrescentou Cesar.

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A polícia informou que o artista foi atraído para um encontro sexual, mas, chegando ao local, foi obrigado a realizar transferências bancárias para Jairo Inácio Correia e Renan Calixto de Lima. A polícia acredita que ele foi amarrado e preso na mala de seu próprio carro, antes de ser executado com um tiro na cabeça. Além do pix, Edson também entregou um relógio para os bandidos.

Um dos suspeitos ainda admitiu ter participado de outros três crimes iguais. Ele explicou que usava um site de troca de casais para escolher as vítimas. Agora, os agentes apuram a participação de mulheres envolvidas no esquema, além de um terceiro homem, já identificado.

Edson tinha 29 anos e participou da produção “Genesis“, da Record TV, de 2021. Ele era casado com Jennyffer Vieira e tinha dois filhos.

Relembre o caso

Edson foi visto pela última vez entrando no carro com um desconhecido no bairro Coelho Neto. Ele estava em seu carro, acompanhado de outro homem no banco de carona, quando desceu do veículo para comprar uma cerveja e retornou ao automóvel. A dona do estabelecimento afirmou que as câmeras de segurança não estavam funcionando, por isso, não há imagens do momento. O celular do rapaz de 29 anos chegou a ser rastreado, e uma câmera de segurança registrou o carro passando pelo município vizinho de Japeri.

No início do mês, seu veículo foi encontrado com marcas de tiros e vestígios de sangue. Os investigadores conseguiram localizar o carro graças a um rastreador do celular de Edson. Conforme compartilhado pelo g1, agentes da Delegacia de Descoberta de Paradeiros realizaram uma perícia no automóvel localizado em Queimados, na Baixada Fluminense. Nas imagens, uma marca de bala aparece na parte traseira do Doblô branco.

Edson foi visto pela última vez entrando no carro com um desconhecido (Foto: g1)
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