A versão nacional do “CQC” – formato argentino que mesclava jornalismo e humor – fez tanto sucesso na Rede Bandeirantes que vira e mexe alguém fala na possibilidade de ressuscitar o programa… Caso isso venha a ocorrer, estejam avisados: Marcelo Tas não integrará a bancada como fez entre 2008 e 2014. Em entrevista ao canal do Youtube de Rafael Cortez, que também trabalhou na atração, Tas não hesitou quando questionado sobre “qual personagem nunca mais aceitaria representar”.
“O apresentador do CQC eu não quero mais fazer“, soltou ele, surpreendendo Cortez. “E se o CQC volta e te chamam?“, insistiu o ex-repórter do programa. “Mas nem se você fosse implorando até à minha mansão“, respondeu. “Nem por um caminhão de dinheiro?“, indagou Rafael. “Eu não preciso de dinheiro. Eu sempre fui muito rico. Dinheiro pra mim não é uma questão“, declarou Marcelo, que voltou a tocar no assunto ao final do vídeo, dando detalhes de por que não querer revistar o projeto.
“Não gosto dessa coisa de releitura. A gente precisa entender que a vida não tem take 2. Tem gente que quer repetir as coisas. ‘Ah tem uma coisa que deu certo, eu fui feliz, vou repetir’. Isso não existe. É uma ilusão“, opinou. Questionado sobre os comentários de que o “CQC” teria ajudado a eleger o atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que por repetidas vezes aparecia no programa, chamando atenção com suas frases controversas, Tas refutou a ideia.
“Eu acho um equívoco absoluto as pessoas acharem isso, de que o CQC ajudou a eleger o Bolsonaro. A gente se esquece que o Bolsonaro foi eleito em 2018 e o CQC pra mim terminou em 2014“, contestou ele, sem reconhecer a repercussão proporcionada pelo programa ao então deputado federal. “O CQC continua totalmente na mente das pessoas e eu acho isso ótimo. É um programa que não marcou só o humor, mas o jornalismo. Influenciou a linguagem e trouxe um novo jeito de abordar a política, principalmente“, ressaltou Marcelo.
No mesmo bate-papo, Tas se mostrou político ao ser perguntado sobre o que achou de Dan Stulbach tê-lo substituído na apresentação da última temporada do “Custe o Que Custar”. “O Dan é um homem talentosíssimo, mas ele teve uma coisa que o impediu de me substituir à altura: a beleza“, arrematou ele, tentando fazer graça. Assista: