Para celebrar os 15 anos do fenômeno infanto-juvenil “Floribella”, Juliana Silveira e Roger Gobeth se juntaram nesta terça-feira (7), numa live no Instagram. Os atores conversaram com fãs da história, cantaram sucessos da trilha-sonora e fizeram revelações sobre os bastidores da trama exibida em 2005 pela Band.
Roger, por exemplo, contou ao público, por que seu personagem na história morria num acidente de avião entre a primeira e a segunda temporada. “Muita gente me pergunta sobre isso“, pontuou ele. “A gente pode falar aqui o que aconteceu, né?“, perguntou Juliana. “O que chegou pra mim é que lá na versão original, na Argentina, o protagonista fez a primeira temporada, e eles não sabiam mesmo se ia dar certo. E foi um estouro. Eles, claro, quiseram engatar uma segunda temporada, mas aí o ator que fazia o Fred lá parece que não quis [continuar no projeto]”, revelou Gobeth.
“Ele queria fazer teatro. E a Cris Morena (a autora, responsável também por outros sucessos como “Chiquititas” e “Rebelde”) ficou louca, porque ele não quis fazer o show, e queria fazer teatro. Ela falou ‘Meu Deus, a gente vai fazer um show para dez mil pessoas’, e ele ‘mas eu já tô aqui com a peça’. E aí ela foi lá e matou o personagem dele, com ódio no coração“, contou a intérprete da adorável Flor.
Aqui no Brasil, os atores até tentaram mudar os rumos trágicos do folhetim voltado para as crianças, mas os esforços foram em vão. “Era uma vontade minha que ele (Fred) permanecesse [na segunda temporada]. Eu tive dificuldade em me despedir do projeto e de vocês. Eu sofri muito. Eu sofri tanto quanto as pessoas que estavam vendo. Você lembra disso. Eu sofri, eu queria ter ficado. Mas a gente tinha que seguir aquilo que já estava negociado“, lamentou Roger.
“É que a gente não aceitou muito bem na hora. A gente achou que a gente conseguiria convencer as pessoas a fazerem uma Floribella no Brasil diferente, mas a gente não conseguiu“, explicou a loira. “O máximo que a gente conseguiu foi que eles se casassem e ele sumisse no dia seguinte. E foi uma tristeza“, relembrou o ator, frisando que na trama original, o desfecho era ainda mais dramático com o mocinho morrendo atropelado. “Foi um chororô“, concordou Silveira. Assista:
— Pedro Hosken (@pedrohosken) April 8, 2020
— Pedro Hosken (@pedrohosken) April 8, 2020
Em recente entrevista ao Jornal do Commercio, Patrícia Moretzsohn, autora responsável pela adaptação brasileira também comentou o destino surpreendente do personagem. “Pessoalmente, eu preferia que o Fred não tivesse morrido, uma vez que nosso público gostava muito do casal“, opinou a escritora, que acrescentou, porém, nunca ter pensado num arco alternativo para o mocinho. “A segunda temporada com o Conde (Mário Frias) era divertida, interessante e fomos embarcando nela“, justificou.
Por fim, ainda na transmissão, Juliana e Roger atenderam a pedidos dos fãs e entoaram, no improviso, as canções “Porque” e “E Assim Será” da trama; confira:
— Pedro Hosken (@pedrohosken) April 8, 2020
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