Pantanal: Ângelo Antônio, o primeiro Alcides, desabafa sobre cena de castração: ‘Sofri com aquilo’; assista

O ator revelou que está ansioso para saber como a cena será no remake e deu seu palpite

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Desde 1990, “Pantanal” é um sucesso inegável de público. O remake captou toda essa admiração, e adicionou ainda uma ansiedade dos fãs para assistir às cenas mais marcantes da novela na nova versão. É o caso da castração de Alcides (Juliano Cazarré), momento emblemático, que parou o país na época da Manchete. Em conversa com o Metrópoles, publicada nesta quarta (27), o ator Ângelo Antônio, que viveu o peão na produção original, afirmou que “sofreu junto com o Brasil” com a brutal cena de mutilação.

“Na época, eu lembro que foi um susto quando vi aquela cena. A gente estava no estúdio para gravar uma outra cena, e ninguém acreditava naquilo. Eu queria que não tivesse aquilo, não queria que tivesse acontecido aquilo de jeito nenhum. Sofri com aquilo, acho que o Brasil inteiro sofreu”, afirmou o ator. Questionado se acha que a cena caberia no “Pantanal” de 2022, Antônio demonstrou certeza: “Sim. Só fortalece o caráter do Tenório. A vilania daquele personagem. É importante para mostrar a qualidade do vilão”.

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Ângelo Antônio viveu Alcides em “Pantanal” de 1990. (Foto: Divulgação/TV Globo)

“Para o personagem, para a história, é marcante (a cena de castração). Seria bacana que tivesse, acho que seria bom correr esse risco de novo, jogar o personagem nessa tristeza de novo”, opinou Ângelo. “A gente está aqui falando disso 30 anos depois. O Brasil meio que parou com isso, parece que as pessoas estavam todas em casa assistindo àquela cena. É legal que tenha. Se fosse voltar naquela época eu preferia que não tivesse, mas por tudo isso que aconteceu, hoje olhando para trás valeu a pena”, completou o ator.

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O artista também comentou sobre a tônica mais amena preparada para a cena no remake, como foi anunciado recentemente. “Eu não faço ideia de como vai ser. Eram três movimentos que a câmera tinha, ele (Alcides) amarrado na rede, a Maria (Angela Leal) sofrendo e o Antonio (Petrin, ator do Tenório) com a faca naquele fogo. Não sei como o diretor vai resolver isso”, relembrou. “Porque eram mais esses movimentos, o resto era o público que criava também, pela imaginação. Foi tudo feito com muita arte e cuidado, nada tão explícito. Não sei, mas estou curioso e louco para saber como vão fazer”, confessou, aos risos. Assista:

Na versão original de Pantanal, Tenório (Antonio Petrin) decide “capar” Alcides após descobrir que sua esposa, Maria Bruaca, o traiu com seu capanga. A cena escrita por Benedito Ruy Barbosa chocou os telespectadores da extinta TV Manchete e virou notícia de todos os jornais da época. Em junho, inclusive, em entrevista ao Gshow, a primeira intérprete de Bruaca recordou a repercussão: “O telefone da TV Manchete não parava, cartas e mais cartas, gente na porta gritando. Foi o maior ibope da novela inteira”.

Alcides será torturado por Tenório. (Foto: Reprodução/TV Globo)

Juliano Cazarré já adiantou, durante participação no Mais Você desta segunda (25), que a cena foi “um pouco exigente fisicamente”, mas avaliou o momento como “gostoso de gravar”. “Vai ser diferente da original”, afirmou ele. De acordo com Carla Bittencourt, do Notícias da TV, a produção vai conduzir a triste cena pelo olhar e pelo pensamento de Maria Bruaca (Isabel Teixeira).

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