Com certeza, uma área bastante afetada pela pandemia do novo coronavírus foi a da teledramaturgia. Além de muitas produções terem as gravações interrompidas por conta da quarentena, a situação delicada no cenário de saúde pública tem feito com que alguns autores revisem detalhes de suas obras.
Caso esse de Mauro Wilson, criador da produção sucessora de “Salve-se Quem Puder”. De acordo com a coluna de Patrícia Kogut, do jornal O Globo, o título do folhetim, inicialmente denominado “A Morte Pode Esperar”, será alterado, em respeito aos óbitos ocasionados pela Covid-19.
Ainda segundo a publicação, sugestões de novos nomes que não incluam a palavra “morte” já foram apresentadas para a direção da Rede Globo, e foram encaminhadas ao departamento jurídico da emissora, que agora analista questões de registro de marca. Procurado pelo hugogloss.com, o canal ainda não se manifestou sobre o assunto. A matéria será atualizada caso recebamos uma resposta.
A história também está sendo reescrita, pois se passará após a pandemia do coronavírus. Os quatros protagonistas da trama já foram escalados. São eles Giovanna Antonelli, Mateus Solano, Valentina Herszage e Vladimir Brichta. Além destes, nomes como Aracy Balabanian, Claudia Jimenez e Marcos Caruso integram o elenco, informou Kogut.
Inicialmente, a primeira novela de Wilson iria ao ar em julho, mas devido à paralisação nos trabalhos, teve sua estreia adiada. Vale lembrar que o lançamento da então “A Morte Pode Esperar” depende do encerramento de “Salve-se Quem Puder”.
Segundo o “Notícias da TV”, tanto a produção de Daniel Ortiz quanto “Amor de Mãe” devem ter as filmagens retomadas no dia 3 de agosto, seguindo um forte esquema de segurança e proteção para evitar o contágio de doenças. Cenas de beijo, por exemplo, contarão com ajuda de efeitos especiais, para evitar o contato físico entre os atores. Ainda de acordo com o site, a exibição deve recomeçar na segunda quinzena do mesmo mês.
Em abril, a Globo elaborou um protocolo de segurança para voltar a gravar novelas, séries e programas de auditório pós-pandemia. Em nota, a emissora informou que se baseou em práticas da indústria do audiovisual de outros países, reunidas à avaliação de protocolos globais.
“Nossos criadores foram convocados a repensar a forma de escrever e de realizar para lidar com diferentes limitações, que vão impactar tanto a narrativa quanto os recursos de produção. As recomendações de cuidados valem para todas as etapas de produção, da pré-produção à atuação nos sets de gravação, incluindo logísticas de transporte, alimentação e regras para fornecedores, entre outras”, explicou o comunicado.