É, parece que as chances desse trio se tornar um quarteto novamente são nulas… A primeira temporada do revival de ‘Sex and The City’, intitulado ‘And Just Like That…‘, chega ao fim nesta quinta-feira (3) e os fãs estão em polvorosa com teorias sobre o que está por vir. Em nova entrevista à Variety, o escritor e produtor executivo da série, Michael Patrick King, resolveu ‘dar uma luz’ aos telespectadores quanto ao futuro de Carrie (Sarah Jessica Parker) e, ainda, o tão desejado retorno de Samantha (Kim Cattrall).
Mesmo com um punhado de novos episódios em mãos e o reencontro com os personagens da série que marcou os anos 1990, os fãs de carteirinha da série continuam insatisfeitos. O motivo de tanta infelicidade com o revival é apenas um: a ausência de uma das personagens mais icônicas, Samantha Jones. Esperançosos, os admiradores do clássico voltaram a comentar uma possível reintrodução da personagem vivida por Cattrall na segunda temporada. No entanto, a ideia já foi descartada por King.
Quando questionado se a porta estava aberta para que Kim retornasse ao personagem, Michael foi incisivo. “Não. Assim como jamais foi considerada sua participação em ‘And Just Like That’, porque ela falou as coisas que falou”, declarou ele. “O único lugar em que pratico ‘pensamentos mágicos’ é na ficção. Você deve respeitar as palavras das pessoas e, sendo um produtor sábio, não se deve colocar em roubadas. Como pensamento mágico, seria ótimo ter a Samantha de volta. Mas não tenho nenhuma expectativa real de volta da Kim Cattrall”, acrescentou.
A resolução do produtor se deve aos atritos públicos entre a atriz e a protagonista, Sarah Jessica Parker. Ao longo dos anos, as duas trocaram farpas na mídia e, em 2019, houve boatos de que o terceiro filme da franquia não aconteceu devido ao ‘não’ de Cattrall. Na época, a atriz foi veemente ao reforçar que jamais interpretaria Samantha novamente. “Nunca. Isso é um não. Você aprende lições na vida e a minha lição é que quero trabalhar com pessoas boas e me divertir”, alfinetou ela.
Apesar disso, o cineasta reforçou que nunca teve a intenção de cortar a personagem completamente da história e por isso incluiu pequenos momentos em que a desbocada Sam se faz presente. “Percebi que, embora Kim Cattrall não quisesse estar na série, Samantha poderia estar – por causa das mensagens de texto. Eu fiquei tipo: ‘Certo! Samantha pode estar na série’. Porque ela deveria estar, ela faz parte do programa e as pessoas a amam. E eu queria respeitar o legado, queria respeitar os fãs”, afirmou.
Uma nova jornada
Durante o bate-papo, o escritor revelou que a ideia de ‘And Just Like That’ surgiu, originalmente, como o enredo do terceiro filme de ‘SATC’. No entanto, após desistência de Cattrall, a produção foi engavetada e anos depois, se tornou a série da HBO Max. Para ele, o infortúnio se mostrou uma benção – já que tudo o que queria explorar com Carrie (SJP), Miranda (Cynthia Nixon) e Charlotte (Kristin Davis) não caberia em apenas um filme.
“Foi decepcionante na época, porque eu tinha uma boa história. (…) Eu tinha a ideia de que Mr. Big morreria – esse era o filme. E estou muito feliz por não ter acontecido no filme, porque eu não poderia explorar a jornada de Carrie”, confessou Michael. No entanto, aos olhos de King, a vida protagonista já não se trata mais de romances. “A história de Carrie foi testar a tese que ela usa no voice over no final da série. Ela diz que o relacionamento mais desafiador que você tem é aquele que você tem consigo mesmo. E se você puder encontrar alguém para te amar, bem, isso é fabuloso. Eu sempre quis testar o relacionamento de Carrie consigo mesma, para ver se isso era literalmente algo que poderia resistir ao teste de uma grande tragédia”, revelou.
O episódio final de ‘And Just Like That…’ chega nesta quinta-feira (3) ao catálogo do HBO Max. Infelizmente, ainda não temos a confirmação de uma segunda temporada, mas será que vem aí? Estamos de olho!
