[Alerta de spoiler!] “Bebê Rena” continua conquistando o público da Netflix! Embora Richard Gadd, criador e protagonista da série, tenha preservado a identidade de sua stalker, a mulher apontada como a verdadeira “Martha” concedeu uma entrevista ao Daily Mail após a repercussão da trama e criticou o comediante por expor tudo o que aconteceu. “Eu sou a vítima“, afirmou.
Baseada em uma história real, a produção aborda a história de Donny Dunn, que foi perseguido por uma mulher mais velha por vários anos. Além de escrever, Gadd também interpretou o próprio personagem. Ele deu o nome de Martha a sua perseguidora, que foi interpretada por Jessica Gunning. A identidade da stalker nunca foi revelada.
Na entrevista, a mulher alegou que a intenção do comediante ao levar a história para a TV era de “intimidar uma mulher mais velha na televisão por fama e fortuna”, e que, após a repercussão, recebeu “ameaças de morte e abusos online”. “Ele está usando ‘Bebê Rena’ para me perseguir agora. Eu sou a vítima. Ele escreveu um maldito programa sobre mim“, disse ela.
De acordo com o veículo, a mulher que diz ser a “Martha” da vida real tem 58 anos e mora sozinha em um apartamento municipal no centro de Londres, na Inglaterra. Ela sobrevive com um orçamento alimentar de 30 libras por semana, ou seja, R$194 pela cotação atual, e apresenta algumas semelhanças com a sua personagem. Além de ser escocesa, ter estudado Direito e ser 20 anos mais velha que Gadd, a mulher também possui um aspecto físico parecido ao de Gunning.
“Ela meio que se parece comigo depois de eu ter engolido quatro pedras durante o lockdown, mas na verdade eu não sou feia“, declarou. E assim como mostra o primeiro episódio de “Bebê Rena”, a mulher também possui um histórico de perseguição, que pode ser encontrado na internet. Ela ainda compartilhou alguns diálogos com Gadd que aconteceram na vida real – como quando ele a elogiou, dizendo que ela aparentava ser mais jovem. Na época, a mulher tinha 47 anos.
“Ele disse: ‘Que hidratante você usa?’ Eu disse: ‘Óleo de Ulay’, aplicado’“, contou ela, que também se recordou da conversa sobre a cortina de sua casa. “Ele disse: ‘Posso consertar suas cortinas?’ Isso é um eufemismo para dizer que quero dormir com você“, afirmou. Por outro lado, a mulher apontada como “Martha” contestou alguns elementos da trama.
Na série, a stalker dá a Donny o apelido de Bebê Rena porque ele a lembra de uma rena de pelúcia que teve quando criança, com “lábios grandes, olhos enormes e o bumbum mais fofo”. “Nunca tive uma rena de brinquedo e também não teria conversado com Richard Gadd sobre um brinquedo de infância“, revelou.
Por fim, a mulher mandou um recado direto para o comediante. “Richard Gadd tem a ‘síndrome do personagem principal’. Ele sempre pensa que está no centro das coisas. Não estou escrevendo programas sobre ele nem promovendo-os na mídia. Estou? Se ele quisesse que eu fosse devidamente anônima, ele poderia ter feito isso. Gadd deveria me deixar em paz“, concluiu ela, que considera tomar medidas legais contra o criador da obra.
A mulher não foi a única a lidar com as consequências da produção. Os internautas investigaram e começaram a apontar Sean Foley, diretor de teatro de 59 anos, como o estuprador de Gadd, que, na série, recebeu o nome de Darrien O’Connor e foi interpretado pelo ator Tom Goodman-Hill. No X, antigo Twitter, Foley afirmou que a polícia iniciou uma investigação sobre “todas as postagens difamatórias, abusivas e ameaçadoras contra mim”.
Gadd, por sua vez, já implorou aos espectadores que parassem de tentar descobrir a verdade sobre “Bebê Rena”. “Por favor, não especulem sobre quem poderia ser qualquer uma das pessoas da vida real. Esse não é o objetivo da nossa série. Em última análise, a tempestade de controvérsias desencadeada por ‘Bebê Rena’ é parte integrante de seu sucesso contínuo“, declarou ele, em seu Instagram. Saiba mais detalhes, clicando aqui.