Emily em Paris: Franceses se revoltam e picham cenários da série; veja fotos e saiba o motivo

Estabelecimentos próximos à casa da protagonista foram os principais afetados

Emily em Paris

A série “Emily em Paris” está causando revolta em alguns franceses. Após o anúncio das gravações da quarta temporada, feito pela protagonista Lily Collins nas redes sociais, residentes da França picharam cenários da produção da Netflix. Segundo uma publicação do Daily Mail, a capital francesa já apelidou o movimento dos fãs de “l’invasion des imbéciles”, traduzido como “A invasão dos idiotas”.

De acordo com o portal, os moradores estão incomodados com o “turismo exagerado” promovido pelo sucesso da série. Diferentes locações foram vandalizadas, incluindo o edifício onde a personagem principal mora. Nas imagens que viralizaram, frases como “Emily, vá embora”, “Emily não é bem-vinda” e “Emily é uma m*rda” aparecem escritas nos estabelecimentos, que se tornaram pontos turísticos desde o lançamento, em 2020.

Frases estão espalhadas pelos pontos turísticos da série. (Foto: Reprodução: Netflix/ Redes Sociais)

O principal motivo do conflito seria a “romantização da capital”, também conhecida por eles como a “Síndrome de Paris”. O termo é designado aos turistas que receberam “informações irrealistas” da França através de livros e filmes e, mais recentemente, de séries como “Emily em Paris”. Como resultado, os visitantes podem ter um “choque cultural” quando a realidade não corresponde às expectativas.

A trama acompanha Emily (Lily Colins), uma publicitária norte-americana que vai para Paris por uma oportunidade de trabalho. Com a mudança de cultura, ela precisa administrar a carreira, as amizades e os romances.

Franceses estão pichando locações da série. (Foto: Reprodução: Netflix/ Redes Sociais)

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Como apontou o Daily Mail, a fachada de uma loja foi pintada com as palavras “Emily vá se f*der”, enquanto outra diz: “O sul de Paris não é seu”. O comércio em questão fica na mesma praça da casa de Emily. O local também se tornou um ponto turístico, com visitantes posando fora do restaurante “Les Deux Comperes”, que na vida real se chama “Terra Nera”. As venezianas de outro café na mesma rua foram grafitadas, assim como uma fonte de água central da praça.

Lojas foram pichadas por nativos. (Foto: Reprodução/ Redes Sociais)

O Le Monde, tradicional jornal francês, já fez um editorial sobre o tema com o título “Eles pensam que são os donos do bairro! Emily em Paris – uma vizinha invasiva”.

“Laurence mora na pequena Place de l’Estrapade há trinta e sete anos, entre o restaurante e a padaria. Os dois estabelecimentos servem de cenário para a série. ‘Não há compensação para os moradores que não podem mais estacionar, sair ou voltar para casa livremente’, afirma o cinquentão. Uma noite, ele teve a infelicidade de tirar uma foto de lembrança de longe com seu celular. ‘Um cara correu até mim, exigiu que eu apagasse e ainda pegou meu celular para confirmar a exclusão total dessa infeliz foto'”, diz o texto.

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Mesmo com a produção renovada, os novos episódios ainda não têm data de estreia. Depois de concluir a 3ª temporada com um “gancho” daqueles, Emily Cooper está de volta à Cidade Luz e precisa lidar com as reviravoltas inesperadas…

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