Desde o lançamento da série da Netflix “Dahmer: Um Canibal Americano”, sobre a história de Jeffrey Dahmer, as famílias de diversas vítimas do serial killer criticaram a produção. Dessa vez, Tatiana Banks, filha de um dos 17 homens assassinados, afirmou que não consegue mais dormir após ver um único episódio do documentário.
Hoje com 31 anos, Tatiana é a filha de Errol Lindsey, assassinado aos 19 anos por Dahmer em 1991, em Milwaukee, nos Estados Unidos. Errol foi a 11ª vítima de Jeffrey e um dos homens que o canibal tentou transformar em “zumbis” usando ácido clorídrico, para deixá-los em um estado de torpor. Banks, que hoje vive no Arizona, nasceu seis meses após a morte do pai.
Em entrevista recente ao portal Insider, a mulher explicou como a série “abriu feridas que já estavam fechadas”. Sua tia, Rita Isbell, que é retratada na produção em uma cena como testemunha no tribunal, já havia afirmado que a produção da plataforma não entrou em contato com a família antes de lançar a atração. E Tatiana, por sua vez, contou como isso a fez reviver um trauma.
“Eu sinto que eles deviam ter entrado em contato, porque há pessoas ainda em luto por causa daquela situação. Aquele capítulo da minha vida estava fechado, e eles basicamente reabriram“, afirmou. A jovem conseguiu assistir a apenas um episódio da série. Após ver o único capítulo, a filha de Errol tem tido problemas para dormir desde então. “Honestamente, desde que a série estreou, eu não consigo dormir. Eu vejo Jeffrey Dahmer nos meus sonhos”, descreveu.
A tia de Banks, Rita, apareceu em uma cena que recriou a declaração muito emotiva dada por ela na sentença de Dahmer sobre a perda de seu irmão. De acordo com Tatiana, a cena partiu seu coração. “Eu queria estar lá para aliviar a dor dela“, desabafou.
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— Carol DaRonch (@CarolDaRonch) September 21, 2022
Banks, que nunca teve a oportunidade de conhecer seu pai, explicou que entendeu sobre o caso ao longo dos anos, através da família e da mídia. “Quando eu era jovem, me disseram que ele foi morto por um serial killer de Milwaukee“, disse. Tatiana acrescentou que tinha apenas entre 4 ou 5 anos de idade quando sua mãe lhe contou o que tinha acontecido com o pai.
Anos mais tarde, quando tinha cerca de 11 ou 12 anos, ela começou a procurar por mais informações online, o que a levou a fazer mais perguntas à mãe sobre o que aconteceu. “Ainda penso nisso até hoje“, pontuou. Tatiana finalizou dizendo que tem muitas dúvidas sobre o assassinato brutal de seu pai, mas sabe que algumas nunca poderão ser respondidas. “Ele não merecia isso. Eu não mereço isso. Nenhuma das vítimas merece“, finalizou.
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