Jeffrey Dahmer: Saiba o que aconteceu com a família do serial killer após sua prisão

A família do assassino que inspirou a série teve diferentes reações com os crimes cruéis praticados por Dahmer

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Desde o seu lançamento na Netflix, no dia 21 de setembro, a série “Dahmer: Um Canibal Americano” tem dado o que falar. Com a repercussão do documentário, muitas dúvidas surgiram sobre o passado de Jeffrey Dahmer. Os fãs da produção também ficaram curiosos para saber o que aconteceu com a família do serial killer, e qual foi a reação deles após os crimes cruéis do parente. 

Lionel Dahmer – pai

Segundo o jornal O Globo, o pai e a mãe de Dahmer se separaram quando ele tinha 18 anos, em 1978. A matriarca se mudou com o irmão mais novo de Jeffrey, David, para outra cidade, e o serial killer ficou em Bath, Ohio, para terminar o colegial. Foi no ano do traumático divórcio dos pais que o canibal fez sua primeira vítima. Em 1978, Lionel se casou com Shari Dahmer.

Em entrevistas, Lionel, que hoje tem 86 anos, admitiu ter sido uma figura ausente na infância do garoto. No entanto, ele ficou ao lado do filho durante o julgamento e era o contato de emergência do mesmo. O homem visitou Jeffrey na prisão ao longo dos anos e identificou o corpo do filho após sua morte. Em uma entrevista de 1994 ao Oprah Winfrey, ele disse que visitava o filho na prisão pelo menos uma vez por mês e falava ao telefone pelo menos uma vez por semana.

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Em março de 1994, ano da morte de Jeffrey, Lionel, interpretado pelo ator Richard Jenkins na série, publicou o livro “A father’s story” (“A história de um pai”, em tradução livre). Na obra, ele descreve um pouco da infância do filho e ainda explica que não havia qualquer sinal, ao longo de sua vida, de que ele poderia se tornar um assassino.

O patriarca ainda brigou judicialmente com a mãe de Jeffrey, Joyce, para poder cremar o filho, após sua morte em 1994. Joyce desejava que o cérebro do filho fosse armazenado para passar por estudos científicos, mas Lionel venceu a batalha judicial. Junto com a nova esposa, Shari, ao longo dos anos, ele falou sobre o que aconteceu com o filho em inúmeras entrevistas. 

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Após a prisão de Jeffrey, Lionel Dahmer fez visitas constantes ao filho. (Foto: Reprodução/ Netflix)

O pai ainda participou de documentários como “Biography”, “Dahmer on Dahmer: A serial killer speaks” e “Mind of a monster”. Lionel, entretanto, não chegou a fazer parte do do documentário da Netflix. A sua última entrevista foi concedida em 2020, no documentário “Jeffrey Dahmer: Mind of a Monster”, e ele tem permanecido fora da mídia desde então. 

Joyce Dahmer – mãe

Na série, Joyce Dahmer é retratada como uma mulher com problemas mentais e que faz uso abusivo de medicamentos, informação que também é disponibilizada no livro de Lionel. Inclusive, ela fazia o uso de 17 medicamentos prescritos, durante a gravidez de Jeffrey. A mãe chegou a conceder entrevistas e afirmou que o canibal era um garoto normal na infância, que nunca deu sinais de ser um psicopata. Joyce se sentiu muito culpada pelos crimes do filho, o que a levou a desenvolver uma depressão e a tentar tirar a própria vida, sem sucesso.

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Ela tentou cometer suicídio duas vezes, uma vez em 1994, meses antes de seu filho morrer, e depois em seu aniversário, em 1996. Na primeira tentativa, Joyce ligou um forno a gás e deixou a porta aberta, mas foi encontrada antes de morrer. Na segunda vez, ela mesma ligou para a emergência, depois de tentar se envenenar com monóxido de carbono na garagem.

Com o seu nome de solteira, Flint disse ao Milwaukee Journal Sentinel, em 1995, que queria o cérebro de Jeffrey fosse examinado por profissionais médicos, para avaliar se algum fator biológico ou genético teria desempenhado um papel em seus crimes. Mas ela não venceu a batalha judicial contra o ex-marido, e o corpo de Dahmer foi cremado em setembro de 1995. 

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Joyce Flint sempre se culpou pelos crimes do filho. (Foto: Reprodução/ Netflix)

Assim como o ex-marido, Joyce tentou escrever um livro sobre sua experiência, mas não conseguiu se lançar no mercado editorial. Ela ainda buscou conversar com familiares e pessoas próximas a outros serial killers, para tentar compreender o que aconteceu com Jeffrey. A mulher faleceu em 2000, aos 64 anos, devido a um câncer de mama. Naquele ano, Joyce trabalhava em um centro comunitário que prestava apoio a pessoas com HIV.

David Dahmer – irmão

Jeffrey e seu irmão mais novo foram separados quando ele tinha 18 anos e David tinha 12. O caçula foi viver com a mãe na Califórnia e se formou em Cincinnati, nos Estados Unidos, antes do irmão ser preso, em 1991. David se afastou dos olhos do público e cortou as relações com o irmão após as acusações pelos crimes.

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O irmão mais novo de Dahmer preferiu manter distância dos holofotes após as acusações. (Foto: Reprodução/ Netflix)

Lionel e Shari deram uma entrevista para o programa “Larry King Live”, em 2004. Na ocasião, a madrasta informou que David tinha mudado de nome e que queria se manter anônimo e fora do julgamento midiático. Ele tinha uma carreira consolidada e esperava o nascimento de seu segundo filho na época. A nova identidade do homem nunca foi revelada. Porém, se ainda estiver vivo, ele tem 55 anos hoje.

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