Jeffrey Dahmer: Hábito perturbador de serial killer levou colega de presídio a orquestrar sua morte

Christopher Scarver revelou, em 2015, detalhes do confronto que resultou na morte do “Monstro de Milwaukee”

Christopher Scarver Jeffrey Dahmer

A história do serial killer Jeffrey Dahmer, um dos mais notórios da história dos EUA, tem chamado muita atenção após o lançamento de “Dahmer: Um Canibal Americano“. Detalhes sobre seu tempo na cadeia continuam surgindo e, segundo o New York Post, um hábito pra lá de nojento do assassino teria sido o motivo de sua morte.

Dahmer foi responsável pelo assassinato de 17 homens e garotos, com métodos hediondos, envolvendo estupro, necrofilia e canibalismo. O norte-americano costumava seduzir ou oferecer dinheiro para as vítimas antes de drogá-las, estuprá-las e assassiná-las. Além disso, ele dissecava os corpos, comia órgãos e guardava ossos até ser pego pela polícia, em julho de 1991.

Jeffrey, interpretado por Evan Peters na produção da Netflix, confessou os 17 assassinatos e foi condenado a 16 penas de prisão perpétua. Na prisão de segurança máxima Columbia Correctional Institution, ele foi espancado até a morte por outro detento, Christopher Scarver, que em 2015 confessou ao New York Post o motivo pelo qual tirou a vida do serial killer.

O preso, diagnosticado com esquizofrenia, explicou ao jornal que Dahmer tinha um hábito nojento e perturbador: usando restos de comida, o assassino esculpia membros decepados, usando ketchup como sangue falso para assustar e intimidar os outros presos. “Ele colocava essas coisas em locais onde os outros veriam. Ele ultrapassou o limite com algumas pessoas: prisioneiros, funcionários do presídio. Algumas pessoas estão arrependidas na prisão, mas ele não era uma delas”, revelou.

Jeffrey Dahmer
Jeffrey Dahmer foi preso em 1991 e morreu anos depois, em 1994, após espancamento. (Foto: Reprodução/Milwaukee Police Department)

Christopher admitiu que passou a observar Dahmer e pesquisar seus crimes, antes de bolar um plano para acabar com a vida do assassino. Foi na manhã de 28 de novembro de 1994 que Dahmer, acompanhado por Scarver e outro preso, Jesse Anderson, deixou sua cela para trabalhar. O detento então confrontou o canibal, seguindo-o até o vestiário, onde usou uma barra de metal para ameaçá-lo. “Perguntei se ele realmente havia cometido os crimes, porque eu estava enojado. Ele ficou chocado. Tentou procurar uma saída, mas eu o bloqueei”, revelou o preso. “Ele acabou morto”, acrescentou.

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Por volta das 8h30 da manhã do mesmo dia, Dahmer foi encontrado no chão do banheiro, com ferimentos na cabeça. Mesmo tendo sido levado às pressas para um hospital próximo à prisão de segurança máxima, ainda com vida, ele foi declarado morto horas depois — cena que foi recriada na minissérie de Ryan Murphy. Anderson, por sua vez, também foi espancado por Scarver com a mesma barra de ferro, e morreu dois dias depois.

Após atacar e matar ambos os colegas de detenção, Christopher Scarver retornou para a sua cela e informou aos guardas sobre o que havia feito. “Jeffrey Dahmer e Jesse Anderson estão mortos porque Deus me disse para fazer aquilo”, anunciou o detento, que foi condenado a duas sentenças de prisão perpétua por ambos os crimes.

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