Uma nova série documental alega que o astro de “Glee“, Cory Monteith, morto em 2013 por conta de uma overdose, teve uma recaída apenas algumas semanas antes, após um membro do elenco incentivá-lo a beber. De acordo com “The Price Of Glee”, o intérprete de Finn Hudson “se ressentiu” da ideia, mas terminou cedendo à pressão vinda de uma co-estrela.
A nova série examina as mortes de Monteith, Naya Rivera e Mark Salling, bem como as acusações de assédio moral contra Lea Michele e o caso de abuso doméstico entre Melissa Benoist e Blake Jenner. A nova produção, fruto da parceria entre os canais ID e Discovery+, estreou nesta segunda-feira (16) e conta com depoimentos de parentes e amigos do elenco de “Glee”, incluindo o pai de Naya e um colega de quarto de Monteith, bem como aqueles que estiveram no set ou cobriram a produção durante suas seis temporadas.
Entre uma das alegações reveladas na série e compartilhada pelos veículos norte-americanos, o cabeleireiro de Monteith, Dugg Kirkpatrick, insinua que um membro do elenco pode ter sido responsável pela recaída do astro no uso de álcool e substâncias, o que acabou resultando em sua morte. Kirkpatrick afirma que Cory o encontrou algumas semanas antes do ocorrido. “Ele estava limpo até me pedir aquele corte de cabelo”, contou o estilista. Ele ainda elaborou: “Ele não estava bebendo, não tinha nenhuma droga em seu sistema. Mas então, no final, nos últimos dias em que o vi, ele estava diferente. Ele estava sob efeito de álcool”.
Kirkpatrick explicou que o ator confidenciava a ele suas lutas contra o vício até o último momento em que se viram. “Ele disse que estava em uma festa e não tinha bebido, e queria beber, mas sabia que não devia”, contou. “Ele foi informado por um certo membro do elenco naquela noite, ‘Se você quer tomar uma bebida, você deve tomar uma bebida. Estarei aqui, pode confiar que sempre estarei aqui’”, descreveu.
O estilista sugere que essa foi uma fala contraditória, já que um conhecido próximo “nunca diria isso para ninguém que está sóbrio”. Ele relembra que Monteith tinha acabado de sair da reabilitação, apenas quatro meses antes de sua morte. “Isso o confundiu e o deixou louco. Mas ele bebeu, começou a beber porque recebeu permissão de alguém que amava”, acrescentou Kirkpatrick. “Ele se ressentiu, mas também assumiu a direção. Isso o levou a um caminho de destruição”, concluiu.
Apenas algumas semanas depois, o astro foi encontrado morto no hotel Fairmont Pacific Rim, em Vancouver, devido a uma “toxicidade de drogas mistas”, incluindo heroína e álcool, bem como codeína e morfina. Antes de estrelar “Glee”, Monteith teve um histórico de abuso de substâncias na adolescência e sempre falou abertamente sobre a situação.
Outro depoimento apresentado pelo programa é o do colega de quarto do ator, Justin Neill. Ele relembra que Monteith estava passando por um momento complicado em sua carreira na época. Segundo Neill, Cory estava “chateado” porque precisou recusar papéis em filmes por causa das gravações de “Glee”, e que ele estava “cansado” de cantar. “Eu me lembro especificamente disso após a segunda temporada, quando ele queria aproveitar uma parte da vida, mas ele não parava”, disse o colega. “Cory parecia estar ficando cada vez mais neurótico e mais isolado”, afirmou.
Além disso, o amigo do ator, Stephen Kramer Glickman, disse que a estrela do musical confidenciou a ele que estava “estressado com a dança” e “chegando ao nível de outras pessoas que estavam no programa”. O diretor de fotografia de “Glee”, Christopher Baffa, também contou que o esforço para atender às demandas da série pode ter “exacerbado” o problema e o levado à recaída.
“The Price of Glee” enfrentou várias críticas por tratar da chamada “maldição” por trás do seriado adolescente de sucesso de Ryan Murphy. Membros do elenco principal, como Kevin McHale e Jenna Ushkowitz criticaram o seriado. Embora o programa tenha entrevistas com pessoas envolvidas com a produção, nenhum elenco principal ou produtores estão envolvidos com a atração. Confira o trailer: