Nesta madrugada (6), Whindersson Nunes participou virtualmente do programa “Conversa com Bial”. Acompanhado da convidada Priscilla Alcântara, que deu voz a sua composição “Girassol”, o humorista falou um pouco mais sobre suas crenças religiosas, além de comentar sobre o atual cenário político e claro, sua relação com a ex-mulher, Luísa Sonza.
Bial comentou que, atualmente, muitos líderes religiosos misturam política com crenças, e citou como exemplo os pastores Silas Malafaia e Marco Feliciano. Em resposta, Whindersson lembrou de sua fase devoto, que durou até os 18 anos, e ressaltou que amadureceu muito desde que saiu do Piauí, oito anos atrás.
“Eu era um cara que era fã do Silas Malafaia e do Marco Feliciano. Eu era evangélico e ia com meu amigo [na igreja] em Bom Jesus, no Piauí. Esses caras eram as referências, saca? Na época, não tinha essa parada de envolvimento político ainda, e eu era um adolescente que queria ter Jesus na minha vida. Eu assistia a essas pessoas, que eram ídolos para mim, e absorvia tudo o que eles falavam”, confessou.
Nunes explicou ainda que se sentia culpado, muitas vezes, por “desrespeitar” recomendações feitas pelos pastores. “O cara dizia que era pra eu excluir as músicas que não eram de crentes do meu celular… eu ouvia uma música e me sentia muito mal, pensava: ‘Deus está triste comigo’. Mas como essa tristeza pode ser de Deus?”, indagou.
Concordando com o amigo, Prsicilla acrescentou: “Quando consumo uma arte, procuro nela verdade, bondade e beleza, e não se ela é gospel ou secular. Eu nunca vi Jesus definir o padrão de salvação ou de condenação, a partir do estilo musical que alguém ouve. Acho que esses são rótulos que não fazem jus à arte que estamos analisando”.
Malafaia, por mais de uma vez, criticou jovens artistas do cenário gospel por apoiarem causas LGBT e, também, pelo estilo de música que esses consomem. “A pessoa faz show, faz live, canta música profana, canta música evangélica. O que estão ensinado a essa geração nova? Quer cantar o quê? Quer cantar imundície do mundo então cai fora do nosso meio!”, comentou o pastor, semanas atrás, em uma live. “Está virando moda filho de pastor sair do armário. A igreja de Jesus está aberta pra todos, mas não está aberta pra tudo”, disse ainda, após ler trechos da bíblia.
Questionada pelo entrevistador sobre o porquê de ser alvo de críticas desses pastores, Alcântara opinou: “Eu espero que seja porque eu estou sou como Jesus, porque ele também incomodava pessoas assim”.
Ainda durante o papo, Bial também resgatou um episódio em que o youtuber Felipe Neto criticou Whindersson por não se posicionar politicamente. “A bíblia fala que temos que ser imitadores de Cristo, mas eu nunca vi Cristo apontar pra alguém e dizer que o mundo está acabando porque a pessoa não está se posicionando”, analisou o humorista.
“Que o Bolsonaro é um b*sta, todo mundo já sabe e eu não preciso ficar repetindo que a água é molhada e nem que o fogo queima, entendeu… Não vou ficar falando isso e quem quiser acreditar, que acredite, e quem não quiser, assiste aos meus vídeos e atura”, completou.
Apreciem o Whindersson Nunes chamando o Bolsonaro de "bost@" ao vivo no #ConversaComBial. ❤️
— POPTime (@siteptbr) June 6, 2020
Por fim, Whindersson também comentou brevemente sobre o casamento com Luísa, que foi oficializado no começo de 2018, e chegou ao fim em abril desse ano. “Nesses 4 anos de relacionamento, só mudei pra melhor. Foram anos que só me fizeram bem. Só fui amparado, melhorado e preparado para a vida. Com a Luísa eu aprendi que a gente pode ser um bom ser humano para todo mundo. A gente pode mudar para melhor e aprender. Como vou me entristecer com uma coisa que só me fez bem? A minha vida só melhorou”, concluiu.