Neste sábado (7), The Weeknd dará início a uma nova fase de sua carreira com um supershow no Estádio do Morumbis, em São Paulo. A apresentação única, que atraiu mais de 420 mil pessoas na disputa por ingressos, marca um momento especial para o artista. Em entrevista à Billboard Brasil, divulgada hoje (6), Abel Tesfaye falou abertamente sobre sua conexão com os fãs brasileiros e revelou por que escolheu a capital paulista como o cenário para estrear essa nova etapa.
“Hurry Up Tomorrow” (“Apresse-se, amanhã”, em tradução livre) não apenas resume a expectativa dos fãs que aguardam o show deste final de semana, mas também é o título do novo álbum de The Weeknd. Com 14 anos de carreira, o artista é um dos mais escutados no mundo no Spotify, coleciona diversos prêmios e arrecadou mais de R$ 2,8 bilhões com a turnê After Hours Til Dawn.
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O incentivo para iniciar essa nova fase no Brasil veio de suas apresentações no país, em novembro do ano passado. Esses shows foram decisivos para que ele escolhesse o país como palco para o início de sua nova era.
“Posso falar por todos os artistas quando digo que é difícil colocar em palavras o amor e a energia que o povo brasileiro expressa quando você está no palco”, começou o artista. “Vocês sentem profundamente a música”, ressaltou.
O encontro com o público brasileiro deixou um impacto tão duradouro em Abel que inspirou a faixa central do novo álbum, “Hurry Up Tomorrow” — apelidado por ele como “Frankenstein”, por explorar diversas sonoridades.
“São Paulo e Rio me lembraram que as frequências que emitimos como músicos são importantes. Me lembram por que eu queria fazer música: para me conectar. Vou passar o resto da vida consciente disso”, explicou.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, o cantor revelou que o projeto “Hurry Up Tomorrow” explora seus medos, ansiedades e traumas. Na entrevista para a Billboard, ele comentou sobre o autoquestionamento e o propósito artístico, temas centrais de suas novas composições.
“O maior desafio é não saber se você foi feito para isso, não saber se era para ser. A maioria das pessoas ainda não sabe. Sinto que tenho muita sorte. Consegui pegar esses sentimentos depressivos e niilistas e colocá-los no meu trabalho. Isso acabou sendo a minha terapia”, explicou.
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Por fim, The Weeknd refletiu sobre as pressões de se manter no topo da indústria musical, enfatizando que sua maior competição é ele mesmo.
“Há sempre pressão para superar meu último projeto”, admitiu o artista. “O crescimento é importante. Às vezes, pode não ser o que as pessoas querem ouvir de mim no momento, mas, quando o corpo do trabalho estiver completo, espero que elas possam apreciar o que tenho tentado alcançar. Tenho trabalhado nessa discografia por um longo tempo. Tudo foi planejado”, destacou.
O artista ainda expressou seu desejo de evitar a repetição: “Tento sempre conquistar algo que não tinha feito antes, musicalmente. Às vezes, pode não ficar claro na primeira audição [do disco], mas os fãs parecem decifrar com o passar do tempo. A única pressão para mim é ser melhor do que a versão mais antiga de mim mesmo, focando no crescimento, realizando meus próprios objetivos, e não os de outras pessoas.”
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