Nesta terça-feira (10), documentos do julgamento de Harvey Weinstein revelaram mensagens em que o réu disse querer que Jennifer Aniston fosse morta. Os papéis, datados de 2017, apontam que o ex-magnata de Hollywood reagiu mal à notícia de que o jornal National Enquirer denunciaria um suposto caso de assédio dele contra a estrela de “Friends”. Eita!
No auge do movimento “Me Too” e de todas as acusações contra Weinstein, sua porta-voz encaminhou um email falando sobre a questão. “Não sei se você viu essa. Jennifer Aniston”, escreveu Sallie Hofmeister. Neste envio, o Enquirer apontava: “Jennifer confidenciou a um amigo que, durante a produção do filme ‘Fora de Rumo’, Weinstein a assediou sexualmente, pressionando contra suas costas e agarrando suas nádegas”.
“Ao longo dos anos, ele frequentemente encarava o seu decote/seios e movia sua boca ao redor, deixando Jennifer desconfortável”, continuou a mensagem do jornal, que também revelou: “Nós também citamos uma fonte próxima de Jennifer que disse ao Enquirer: ‘Harvey estava apaixonado por Jennifer Aniston. Ele tinha uma crush enorme nela e constantemente falava sobre como ela era sexy'”.
45 minutos após ter recebido esse email com todos os detalhes, em 31 de outubro, Weinstein deu uma resposta curta, grossa e ácida para sua porta-voz. “Jen Aniston deveria ser morta”, escreveu o produtor. Que horror! A troca de emails foi exposta no julgamento de Harvey na Suprema Corte de Manhattan, em que o produtor foi acusado de ter estuprado uma cabeleireira e ter feito sexo oral à força numa então assistente de produção. Considerado culpado, o ex-todo-poderoso do cinema espera a sentença que será dada amanhã (11). Ele pode pegar até 25 anos de prisão.
Contudo, o Enquirer nunca publicou as acusações que dizem respeito à Aniston, sendo que um porta-voz da artista até alegou que elas seriam “falsas”. “Jennifer nunca foi assediada ou abusada por Harvey Weinstein… Ele nunca chegou próximo o suficiente dela para tocá-la e ela nunca esteve sozinha com ele”, afirmou um assessor de imprensa.
Fato é que, no ano passado, a protagonista de “The Morning Show” recordou uma situação bem inconveniente, quando Harvey tentou intimidá-la. Durante o jantar da première de “Fora de Rumo”, o produtor teve um momento “diva” e acabou humilhando outros ao redor. “Eu lembro que estava sentada à mesa com Clive [Owen], e nossos produtores e um amigo meu estavam se sentando comigo. E ele [Harvey] literalmente chegou à mesa e disse ao meu amigo: ‘Levanta!’. E eu estava tipo, ‘Ai, meu Deus’. Então, meu amigo se levantou, mudou de lugar, e Harvey se sentou… Foi um nível tão grande de tirar vantagem e ter comportamento como de um porco”, reclamou ela.
Em outra ocasião, o cineasta tentou persuadi-la a usar um vestido da grife de sua ex, Georgina Chapman. “Eu lembro, foi bem quando a Marchesa, a linha de roupas da Georgina, estava começando. Foi quando ele veio me visitar em Londres enquanto estávamos filmando. Ele estava tipo, ‘Ok, então, eu queria que você vestisse algum desses na première”, iniciou a atriz.
Aniston sentia que aquilo não fazia sentido, e não queria usar uma roupa que não fazia seu estilo. “E eu olhei pelo catálogo e, na época, não era o que é hoje em dia. Não era para mim. Ele estava tipo, ‘Você precisa usar o vestido’. Esse foi meu único bullying”, mencionou ela. Sem ceder à pressão de Weinstein, Jenn se negou a cumprir seu desejo. “Não, eu não vou usar esse vestido… O que ele poderia fazer? Vir aqui e me obrigar a usá-lo?!”, concluiu.