A longa batalha judicial entre Johnny Depp e Amber Heard, continua. Nessa terça-feira (07), o ex-casal compareceu ao Tribunal Real de Justiça, em Londres, para mais um capítulo do julgamento do processo do ator contra o jornal britânico, The Sun.
O processo foi aberto pelo ator contra o tabloide, por difamação sobre um artigo de abril de 2018, em que o editor executivo, Dan Wootton, chamou-o de “espancador de esposas” em uma matéria. No início dessa etapa do julgamento, o advogado do Depp, David Sherborne, declarou que seu cliente estava ali para “limpar sua reputação”.
Segundo o The Guardian, Sherborne acusou Amber em seu discurso no tribunal, de ter mentido todos esses anos sobre a relação dela e Johnny. “Existe um conjunto substancial de evidências que demonstra claramente que essa foi uma mentira fabricada pela Sra. Heard e por seus amigos”, disse o profissional.
Recentemente, o astro de “Piratas do Caribe” tentou retirar sua ex-esposa do processo, para que o júri não fosse influenciado pela presença da atriz durante o interrogatório. No entanto, o juiz decidiu contra a proibição, afirmando que isso “inibiria condutas de defesa”: “Os réus dependem muito das informações que a Sra. Heard pode fornecer. Heard não estará em condições de dar instruções, mas ela pode fornecer informações sobre as quais os réus podem optar por agir”.
A defesa do The Sun alegou que a declaração emitida pelo jornal na época era precisa, e que “a memória dele poderia ter sido afetada pelo uso excessivo de drogas”. Vestindo um terno escuro e usando óculos, Depp deu início à sessão, com a seguinte afirmação em sua declaração como testemunha: “Para evitar qualquer dúvida, nunca maltratei a Sra. Heard ou, de fato, qualquer outra mulher na minha vida”.
O artista ainda disse ter evitado vários confrontos do casal durante o casamento. “Sempre que essas situações aumentavam, eu tentava ir para o meu próprio canto. Eu queria me separar antes que as coisas saíssem do controle”, avisou.
Em documentos submetidos ao tribunal, a equipe de Depp também informou que Heard supostamente iniciou um caso com o chefe executivo da Tesla, Elon Musk, no início de 2015, logo após o casamento com o ator. Ela também foi acusada de manter ao menos um relacionamento extraconjugal com um dos colegas de elenco de Johnny, citando o nome de James Franco. O advogado relatou ainda que Amber “inventou essas histórias de violência”.
“Não deve ser surpreendente escutar que esse não é um caso sobre dinheiro. É sobre vindicação. O Sr. Depp deixou isso claro várias vezes. É por isso que ele veio até aqui. Ele não é e nunca foi um ‘espancador de mulheres’. De fato, ele diz que foi a Srta. Heard quem começava lutas físicas, quem o socou ou o atingiu; ela era a abusadora, não ele”, enfatizou David.
O julgamento do caso Depp deve se estender por mais três semanas, e foi distribuído por cinco tribunais diferentes, para permitir o distanciamento social e acomodar os veículos de mídia.
Amber Heard e Johnny Depp se conheceram nos sets de “The Rum Diary” (que aqui ganhou o título “Diário de um Jornalista Bêbado”), em 2011 e ficaram noivos em janeiro de 2014. O ex-casal chegou a celebrar a união por pelo menos duas vezes: a primeira na mansão do astro em Los Angeles e a segunda na ilha particular de Johnny, a Little Hall’s Pond Cay, nas Bahamas, ambas em fevereiro de 2015. O pedido de divórcio foi apresentado em maio de 2016, quando Amber acusou Depp de tê-la agredido fisicamente.