Tá aí uma situação que você não espera ouvir no tribunal… Uma mulher selecionada para fazer parte do corpo de jurados no caso Nikolas Cruz (atirador que matou alunos e funcionários em uma escola na Flórida) pediu dispensa, alegando que não poderia comparecer nas datas propostas, por ter compromissos marcados com seu “sugar daddy”. O termo é usado para se referir à relação em que o homem “mima” a(o) parceira(o), geralmente com presentes, dinheiro ou viagens.
A juíza Elizabeth Scherer, responsável pela seleção do júri de avaliação do processo, perguntou à norte-americana, identificada apenas como “senhora Bristol”, se ela estaria disponível para as datas do julgamento de Cruz. A mulher, por sua vez, negou. “Você está com algum problema?”, perguntou a magistrada. “Sim, isso leva quase um mês inteiro. Antes de mais nada, deixe-me esclarecer, dia 2 de julho é meu aniversário, 4 de julho é o do meu filho e 18, é do meu outro filho. Então essas datas não funcionam pra mim”, começou a mulher.
Com paciência, a juíza tentou compreender a situação e encontrar alternativas para a participação de Bristol no júri: “Não fale muito rápido, temos que entender… Então você disse que há datas em julho em que você não está disponível? Quais são essas datas?”. “7 de julho, 4 de julho e 18 de julho… E além disso, eu preciso acertar algumas coisas. Eu tenho meu ‘sugar daddy’, que vejo todos os dias”, devolveu a norte-americana.
Após ouvir a justificativa, a expressão de Scherer instantaneamente mudou. “O que disse?”, surpreendeu-se. “Meu sugar daddy. Sou casada e tenho um sugar daddy que vejo todos os dias”, declarou Bristol. “Ok, não sei exatamente do que você está falando, mas voltaremos ao seu caso depois, ok? Obrigada”, interrompeu a magistrada. Assista:
"I'm married, and I have my sugar daddy," a prospective juror told a Florida judge this week in her bid to get out of serving on Parkland killer Nikolas Cruz's death penalty jury. https://t.co/7sB6IVcFsW pic.twitter.com/JzH582T6oJ
— Michael Ruiz (@mikerreports) April 6, 2022