Parece que as controvérsias em torno de “Blonde” continuam… Nesta terça-feira (27), o diretor da nova cinebiografia da Netflix sobre a vida de Marilyn Monroe, Andrew Dominik, deu uma declaração polêmica sobre um dos filmes mais icônicos da estrela de Hollywood, dizendo que as personagens eram “p*tas bem-vestidas”. O comentário foi divulgado pela jornalista Christina Newland em suas redes sociais, após uma entrevista com o realizador.
De acordo com ela, Dominik afirmou que Monroe era um fenômeno cultural, porém seus filmes não acompanhavam seu sucesso. “Ela era alguém que virou uma grande coisa cultural no mundo inteiro, em vários filmes que ninguém realmente assiste”, sugeriu o cineasta. “Alguém assiste aos filmes de Marilyn Monroe?“, questionou ele.
Christina rebateu a pergunta do artista e disse que ela e seus colegas estavam bem familiarizados com a filmografia da diva, tendo o clássico musical “Os Homens Preferem as Loiras”, de 1953, como um de seus preferidos.
Andrew, então, perguntou à jornalista sobre o que se tratava o longa mas, enquanto a repórter encheu a produção de elogios, o diretor afirmou que o filme era “cínico” com relação as mulheres. “Sim, talvez, mas é glamouroso, uma fantasia”, disse Newland sobre a obra. “Por quê? Por que elas estão bem vestidas?”, insistiu o realizador. “Claro”, concordou ela. “Elas são p*tas bem vestidas. Eu não sei”, completou Dominik.
& here, I’m afraid, is an outtake. pic.twitter.com/1WxLzIKZh6
— Christina Newland (@christinalefou) September 27, 2022
Depois de alguns minutos, Christina acrescentou um tweet de acompanhamento esclarecendo que Andrew tinha, sim, assistido aos filmes de Monroe. Porém, isso não significava que ele havia apreciado às produções: “Eu quero ter certeza de que estou fazendo minha devida diligência aqui: [Dominik] falou e fez referência a muitos de seus filmes. Ele claramente estudou e assistiu a tudo. Se gostou (com exceção de ‘Quanto Mais Quente Melhor’, que ele adora) é outra história, evidentemente.”
I do want to make sure I’m doing my due diligence here: he did talk about & reference many of her films. He clearly had studied and watched everything: whether he liked it (bar Some Like it Hot, which he loves) another story, evidently.
— Christina Newland (@christinalefou) September 27, 2022
Na entrevista completa, publicada no site do Instituto de Cinema Britânico, o diretor continuou suas críticas ao filme da década de 50. “Ela era um símbolo sexual estranho, porque ela não tem que morrer no final [de seus filmes] como uma Barbara Stanwyck ou uma Rita Hayworth. Mas ela tinha que ser um bebezinho… Então, quando ela canta ‘Diamonds Are a Girl’s Best Friend’ – é tipo, aquele conselho de irmã: ‘Se você for f*der, certifique-se de ser paga?’. Ou é apenas uma prostituição romantizada?”, opinou.
Essa não é a primeira vez que a cinebiografia recebeu olhares atentos da mídia por motivos contraditórios. No mês passado, Ana de Armas se viu envolvida em uma discussão por conta de seu sotaque no filme. Muitos fãs da diva de Hollywood reclamaram que a atriz não seria a intérprete ideal para o papel porque não conseguiu remover o sotaque cubano de suas falas. Até o Espólio de Marilyn Monroe precisou se manifestar sobre o assunto.
“Blonde” é baseado no romance de Joyce Carol Oates. O drama acompanha a vida de Marilyn, desde sua infância conturbada como Norma Jeane até sua ascensão ao estrelato. O elenco de apoio inclui Bobby Cannavale, Adrien Brody, Julianne Nicholson, Xavier Samuel e Evan Williams. O filme já está disponível na Netflix desde o dia 28 de setembro.
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