Hugo Gloss

Absurdo! Policial joga pedagoga negra no chão e dá soco no rosto dela em abordagem em Macapá; assista

Absurdo! Neste domingo (20), viralizou na web, um vídeo que mostra um policial militar agredindo uma mulher negra, a pedagoga Eliane Espírito Santo da Silva, de 39 anos, durante uma abordagem em Macapá, ocorrida na sexta-feira (18). No flagra, Eliane é derrubada ao chão e leva um soco no rosto.

Após a agressão, ela ainda foi presa por resistência, desacato e desobediência e levada para a delegacia. A liberação só aconteceu depois do pagamento de R$ 800 de fiança.

Ao G1, a pedagoga relatou o momento vivido: “Para mim isso foi uma tortura, mexeu muito com meu psicológico… Eu fui chamada de preta, fui chamada de vagabunda por eles na delegacia. Eu me senti ofendida e para mim foi um preconceito muito grande, porque éramos os únicos negros ali”.

A mulher ainda descreveu como tudo aconteceu. Segundo a pedagoga, a abordagem foi feita enquanto ela estava dentro do carro de um amigo da família, junto com outras cinco pessoas. “A polícia já abordou a gente apontando as armas para o carro. Abordou todo mudo menos eu. Um deles deu um soco no estômago do meu marido. […] Eu atravessei, fiquei na calçada de casa. Só um deles me agrediu”, contou.

Eliane filmava a ação dos policias contra os homens que estavam no veículo, quando recebeu voz de prisão, sendo agredida em seguida. “Eu não tive reação, eu apanhei, só fiz gritar para a população ver o policial me agredindo desnecessariamente. Em nenhum momento houve desacato, em momento algum eu o agredi verbalmente, ele que já veio me agredindo fisicamente”, desabafou.

Em publicação nas redes sociais, o governador do estado, Waldez Góes, lamentou a ação da PM. “A cena fica ainda pior pois é recheada de atitudes racistas”, escreveu. Por isso, ele informou que determinou ao Comando Geral uma “apuração criteriosa e rápida dos fatos”.

Já em nota divulgada no Instagram da Polícia Militar do Amapá, é informado que o policial envolvido nas agressões físicas foi afastado do cargo. “Ele pode ser responsabilizado desde a prática de agressão física até o descumprimento das normas institucionais no âmbito administrativo. É totalmente reprovável a ação agressiva a qualquer cidadão; ela não é a orientação da instituição”, declarou o corregedor da PM, coronel Edilelson Batista, à Rede Amazônica.

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