Na manhã desta terça-feira (27), uma adolescente de 13 anos foi assassinada com um tiro na nuca, disparado por uma amiga. O crime aconteceu em Taubaté, São Paulo. Segundo o G1, a atiradora, de apenas 12 anos, confessou a ação após ser apreendida pela Polícia Civil.
Segundo a Delegacia de Polícia Especializada de Investigações Criminais (Deic), a adolescente responsável pelo crime foi até a casa de Ana Lívia pela manhã e deu um tiro na nuca da colega. A jovem foi encontrada sem vida horas depois, em sua residência no bairro Jardim Paulista.
Ao analisar as imagens de câmeras de segurança da região, a Polícia Civil identificou a suspeita, que não teve o nome revelado. A garota foi encontrada na escola onde ambas estudavam. Aos agentes, a menina confessou o crime. Em depoimento, a menor de idade disse ainda que cometeu o homicídio por conta de um desentendimento que teve com a vítima.
A família da adolescente assassinada afirmou estar muito abalada com o crime, e admitiu o choque ao descobrir que uma amiga próxima da menina foi a atiradora. “É uma dor que não vai se curar nunca. Foi um choque muito grande. Elas eram amigas, [ela] sempre estava dentro de casa, era amiga da escola, sempre estavam juntas“, lamentou a tia da jovem, Giovanna Higino.
Segundo a familiar, foi a mãe da adolescente que a encontrou morta, uma vez que a jovem ficava sozinha pela manhã, enquanto a matriarca trabalhava, e ia para a escola à tarde. A mãe teria voltado do trabalho por volta de 13h30, quando encontrou a filha e pediu ajuda, mas a menina já estava sem vida.
“Minha irmã que a encontrou ao voltar do trabalho, ela me ligou desesperada, pedindo para ir socorrer a Ana Lívia, porque ela estava deitada no chão toda ensanguentada. Eu fui pra lá na hora, sem pensar duas vezes, mas ela já estava morta, com muito sangue em volta dela“, explicou Giovanna.
A tia explicou, ainda, que a família tinha presenciado o desentendimento entre as duas, mas acreditou que já tinha sido resolvido. “Recentemente a gente percebeu uma briga entre elas em casa e a amiga saiu chorando, mas foi um desentendimento de criança. Minha irmã fez a Ana Lívia pedir desculpas, dizer que estava errada e a gente achou que estava tudo bem“, contou.
Os parentes de Ana Lívia acreditaram que a situação tinha se resolvido, já que, um dia antes do crime, a amiga mandou uma mensagem para a vítima. “Ela mandou mensagem pedindo para ir na casa dela, para ficarem juntas. Minha sobrinha pediu pra mãe, porque sempre foi cuidadosa e a minha irmã deixou. Ela recebeu a amiga, trancou o portão e elas ficaram lá dentro, até que aconteceu o crime e a amiga saiu, fechou o portão e foi embora como se nada tivesse acontecido“, disse a tia.
Uma pistola calibre 380 foi usada no crime, e a arma foi apreendida na residência da jovem. Aos policiais, a adolescente afirmou que pegou a pistola na casa de um parente, no último domingo (25). Segundo o G1, a polícia ainda não informou a quem pertencia o registro do armamento. O caso foi registrado pela Deic e está sendo investigado.
A tia da garota lamentou o crime e afirmou que a família ainda processa o luto: “A Ana sempre foi uma menina doce, muito carinhosa. Não tem como explicar o que estamos sentindo. Ela é minha sobrinha mais velha, eu falava que era meu primeiro amor. Essa dor nunca vai sair de dentro de mim, é uma dor que nunca vai se curar“. O corpo da menina Ana Lívia foi velado na manhã desta quarta-feira (27), na funerária Sagrada Família, em Taubaté. O enterro da jovem aconteceu no fim da manhã, no Cemitério Municipal.
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