Carolina Arruda, diagnosticada há 11 anos com neuralgia do trigêmeo bilateral, atualizou a campanha para realizar a eutanásia na Suíça. A estudante, de 27 anos, explicou, nesta quinta-feira (11), que recebeu um alerta do site em que realizou a ‘vaquinha’, e teve que alterar algumas informações para a arrecadação não ser cancelada.
“Oi, pessoal. Eu estou indo para a UTI, mas queria falar aqui com vocês rapidinho. O departamento jurídico da Vakinha entrou em contato comigo e solicitou que eu remova a ‘vaquinha’, que eu ‘cancele’ a vaquinha“, iniciou. Em seguida, Carolina explicou que, segundo a plataforma, sua campanha infringe algumas diretrizes legais.
“Pelo o que eles conversaram comigo e com o meu advogado, eu até entendo a posição deles. Eu entendo que o receio deles é por se tratar de eutanásia e suicídio assistido, uma coisa criminalizada aqui no Brasil“, detalhou ela.
A estudante, então, revelou a solução apresentada pelo site. “Eles me solicitaram para remover ou editar a vaquinha. Então, eu editei lá a campanha da vaquinha, que o dinheiro será para arcar com os custos do tratamento. E os custos do tratamento variam muito, depois posso especificar cada um deles para vocês. Alterei para vocês não serem pegos de surpresa“, finalizou. Veja:
@caarrudar
Diagnosticada há 11 anos com neuralgia do trigêmeo bilateral, Carolina Arruda viu sua história repercutir após anunciar que optou pela eutanásia. No caso da estudante de veterinária, a dor – considerada a “pior do mundo” – atinge os dois lados do rosto, e se manifesta em forma de pontadas ou choques.
No início de julho, em entrevista à Folha de S. Paulo, ela afirmou ter recebido duas propostas de tratamento. Uma delas vinha do próprio neurologista, Wellerson Sabat, junto a uma equipe da Argentina. A outra surgiu de um grupo de médicos da Clínica da Dor da Santa Casa de Alfenas, em Minas Gerais.
Na última segunda-feira (8), Carolina foi internada na clínica mineira para realizar o procedimento. Ela afirmou que, caso seja bem-sucedido, as dores podem diminuir em até 50%. Ao g1, a estudante disse que o tratamento é gratuito e foi disponibilizado pelo médico que a procurou para ajudá-la.
Mesmo assim, ela ainda mantém a campanha na internet para conseguir os recursos financeiros necessários para ser submetida à eutanásia na Suíça. Ela anunciou uma vaquinha para arrecadar o dinheiro necessário para o procedimento e, até o fechamento desta matéria, conseguiu arrecadar R$ 132 mil.
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