Caso Mariana Ferrer: Influencer perde a conta no Instagram após denunciar e relatar estupro; Web pede por justiça no caso: “Inacreditável” — saiba detalhes!

Desde maio de 2019, a blogueira Mariana Ferrer tem usado suas redes sociais para relatar um estupro que sofreu em 2018, em um tradicional clube de Florianópolis. Entretanto, seu caso ganhou um novo desdobramento nesta terça-feira (18), após seu perfil no Instagram ter sido derrubado da rede social.

Foi em sua página que Mariana compartilhou detalhes do caso, fotos do suspeito – o empresário André de Camargo Aranha, de 43 anos –, além de relatos quanto aos traumas deixados pela agressão sexual. No entanto, o Instagram a notificou ontem do bloqueio de sua conta, trazendo em sua justificativa uma ação que a influencer move contra o acusado. “Devido a um processo judicial, desativamos ou removemos o acesso ao seguinte conteúdo”, dizia o email enviado pela rede social.

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Pelo Twitter, Mariana se revoltou com a determinação e afirmou que esta seria uma das maneiras do empresário suspeito silenciar sua voz. “Isso é inaceitável, Instagram. Não basta ser vitima de violência contra mulher, o homem que foi indiciado e denunciado pelas autoridades por estupro de vulnerável entrou na justiça para remover minha conta do Instagram e silenciar a única voz que tenho para lutar por justiça”, revoltou-se ela.

https://twitter.com/marianaferrerw/status/1295881917217349632?s=20

Em outro post, Ferrer ficou indignada novamente, avaliando o caso como uma censura aos seus depoimentos públicos. “Censurando uma vítima, Instagram e TJ-SP? Conta criada em 2012, que era meu trabalho, trabalho esse que foi destruído por um estuprador que me violentou. E desde maio de 2019 [a conta] virou meu GRITO por justiça aonde eu recebo relatos de outras vítimas, inclusive, do mesmo local”, acrescentou ela. Olha só:

Ainda ontem, Mariana relatou que também está sem WhatsApp, visto que seu número de celular teria sido clonado. “Infelizmente, estou sem WhatsApp desde o dia 11 pois meu número foi clonado. Ao silenciar uma vítima, isso demonstra apenas o quão desesperado você está para esconder os SEUS crimes. A culpa sempre foi sua e nunca vai ser da vitima, lembre-se disso. Não iremos esquecer jamais”, escreveu a blogueira, voltando a acusar o suspeito de tentar silenciá-la.

https://twitter.com/marianaferrerw/status/1295925574909779968?s=20

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A decisão do Instagram fez com que a hashtag #JustiçaPorMariFerrer se tornasse um dos assuntos mais comentados no Twitter – como tem acontecido nos últimos meses. Vários usuários compartilharam sua revolta na rede social, além de pedirem para que o caso da influencer fosse respeitado. “Um absurdo! Saibam que não conseguirão nos silenciar. Quanto mais tentarem, mais alto gritaremos”, opinou uma internauta.

Confira algumas das reações abaixo:

https://twitter.com/amuletovic/status/1295921081610534920?s=20

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https://twitter.com/evelynnaas/status/1295892261490876416?s=20

https://twitter.com/schwartzisa/status/1295932074390585345?s=20

Ao hugogloss.com, o Instagram se posicionou sobre o caso, com uma resposta curta e objetiva. “O Instagram respeita a Justiça brasileira e cumpre decisões em conformidade com as leis aplicáveis. Nesse caso, o Instagram ainda avalia suas opções legais”, declarou a rede social, em comunicado.

Entenda o caso

Há mais de um ano, em maio de 2019, Mariana Ferrer relatou ter sido dopada e estuprada no beach club Café de la Musique, em Florianópolis. “15 de dezembro de 2018, Florianópolis, Santa Catarina. Não é nada fácil ter que vir aqui relatar isso. Minha virgindade foi roubada de mim junto com meus sonhos. Fui dopada e estuprada por um estranho em um beach club dito seguro e bem conceituado da cidade”, expôs ela pela primeira vez.

Mariana Ferrer denunciou seu caso pela primeira vez em 2019, quando expôs seu doloroso relato. (Foto: Reprodução/Instagram/Twitter)

Ainda no ano passado, o empresário André de Camargo Aranha – que trabalha com marketing esportivo e tem um altíssimo poder aquisitivo – foi indiciado pela Polícia Civil por estupro de vulnerável, e o processo segue em andamento. Em decorrência disso, o réu não pode deixar a cidade de São Paulo por mais de 30 dias consecutivos, nem deixar de comparecer às audiências.

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De acordo com a revista Marie Claire, o exames realizados por autoridades comprovaram que houve conjunção carnal no caso de Mariana – ou seja, uma introdução completa ou incompleta do pênis na vagina da vítima. Além disso, sêmen do homem de 43 anos foi encontrado na calcinha da influencer, assim como uma ruptura do hímen dela foi comprovada. Mesmo assim, Aranha alega nunca ter tido contato físico com a jovem.

André de Camargo Aranha foi indiciado por “estupro de vulnerável” em 2019, no caso de Mariana Ferrer. (Foto: Reprodução/Instagram/Twitter)

Semanas atrás, também em sua conta no Instagram, Mariana expôs que a defesa do suspeito manipulou imagens dela para anexar ao processo. “A defesa, de forma sórdida e ardilosa, protocolou dentro do processo fotos manipuladas como se eu estivesse nua (nunca fotografei assim) e anexou junto um site indevido, fazendo correlação ao produto de skincare que já divulguei como influenciadora juntamente das imagens deturpadas”, contou ela. Dá uma olhada:

Enquanto o caso segue sem maiores conclusões, Mariana Ferrer ainda não teve sua conta recuperada no Instagram. Pela web, os pedidos por justiça em seu caso continuam a todo vapor.