Denúncia do MP revela que Flordelis usurpou filho de genitora, e que permitia sexo do marido com filha afetiva do casal, adolescente; saiba detalhes

Quando a gente acha que não dá pra situação ficar mais absurda… Uma reportagem do “Fantástico” deste domingo (30) revelou mais detalhes da investigação do Ministério Público sobre a morte do pastor Anderson do Carmo. De acordo com testemunhas ouvidas pela polícia, Flordelis permitia que o marido tivesse relações sexuais com uma das filhas afetivas.

Além dos relatos já conhecidos sobre as noitadas do casal em casas de swing, familiares contaram em seus depoimentos sobre a relação de Anderson com uma das filhas, quando a menina ainda era adolescente. Segundo o depoimento, o caso teria acontecido há alguns anos, quando a família ainda morava na casa do Rio Comprido, no Rio de Janeiro.

“Anderson, em determinada época, pediu permissão a Flordelis, para se relacionar sexualmente com outra mulher, no caso a ainda adolescente XXXX, e assim lhe foi autorizado e ocorreu por vezes. Lembra que XXXX não gostava dessa situação, mas obedecia o que era determinado por Flordelis”, descreve a denúncia do MP.

O documento também afirma que há uma “completa dissociação entre a imagem construída e as práticas do grupo familiar”. Com os depoimentos colhidos, a polícia declarou que o “comportamento é mais próximo a uma seita, com sexo em grupo, entre membros da família, com rituais totalmente divergentes da doutrina das igrejas cristãs evangélicas”.

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A reportagem do Fantástico ainda trouxe à tona um fato levantado pela mãe de Anderson em um depoimento de agosto de 2019. Flordelis sempre afirmou que tinha quatro filhos biológicos: Simone, Adriano e Flávio, de relações anteriores, e Daniel, do casamento com o pastor.

No entanto, a investigação confirmou que um deles, justamente o único com o pastor Anderson, na verdade foi roubado da genitora e registrado falsamente como filho biológico do casal. Meu Deus…

Daniel não seria filho biológico de Flordelis, como ela alega (Foto: Reprodução/TV Globo)

Entenda o Caso

Um ano e dois meses após a morte do pastor Anderson do Carmo, as investigações concluíram que a viúva dele, a deputada federal Flordelis, foi a mandante do assassinato. Na segunda-feira (24), equipes da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI) e do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro cumpriram 11 mandados de prisão e outros de busca e apreensão contra a deputada, filhos e neta do casal e outros familiares.

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Segundo a denúncia, Flordelis planejou o homicídio e foi responsável por arregimentar e convencer o executor direto e demais acusados a participarem do crime. A parlamentar também financiou a compra da arma e avisou da chegada da vítima no local em que foi executada. Ela foi indiciada pelo crime de homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio, falsidade ideológica, uso de documento falso e organização criminosa majorada.

No entanto, como tem imunidade parlamentar, a pastora não será presa agora. O processo de cassação de seu cargo já está em andamento. Na próxima semana, o planejamento do presidente da câmara, Rodrigo Maia, é reunir os líderes partidários e a mesa diretora para definir o que fazer. Após o Conselho de Ética analisar a situação, o caso vai para votação no Plenário da Câmara e, então, com a maioria de votos, 257, ela pode ser cassada.

Deputada Flordelis foi acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o pastor Anderson do Carmo Souza. (Foto: Reprodução)

Por enquanto, outras pessoas já foram levadas pela polícia: Marzy Teixeira da Silva, filha adotiva do casal, Simone dos Santos Rodrigues, filha biológica, André Luiz de Oliveira, filho adotivo, Carlos Ubiraci Francisco Silva, filho adotivo, Adriano dos Santos, filho biológico, Rayane dos Santos Oliveira, neta, o ex-PM Marcos Siqueira e a esposa dele, Andreia Santos Maia. Saiba todos os detalhes, clicando aqui.