Nesta semana, a Polícia Civil do Ceará apontou que a empresária Maria Ediane da Mota Oliveira, de 41 anos, é suspeita de mandar matar a advogada Rafaela Vasconcelos de Maria, de 34 anos, e a mãe dela, Maria Socorro de Vasconcelos, de 78. Segundo as autoridades, de acordo com o UOL, o motivo seria um “interesse amoroso” no marido da vítima. A empresária dos ramos de loterias teria dado R$ 70 mil aos contratados pelo crime.
Em 24 de março deste ano, Rafaela e Maria Socorro foram assassinadas na cidade de Morrinhos, a 235 km de Fortaleza. A investigação esclareceu que ambas foram mortas em um ataque a tiros durante uma “atividade típica de grupos de extermínio”. Antes do crime, os suspeitos teriam feito reuniões na cidade por dois meses, principalmente para acompanhar a rotina das vítimas.
Maria Ediane ainda teria financiado um carro e uma moto para serem usados no dia do assassinato. Os policiais encontraram registros nos celulares do suspeitos, incluindo fotos e vídeos da advogada, além de informações sobre seu trabalho e residência. A motivação seria a intenção da mandante de “manter (ou continuar) um relacionamento amoroso” com o tenente-coronel da Polícia Militar do Ceará que era casado com Rafaela. Até o momento, porém, as autoridades não identificaram se o marido da vítima também estava envolvido no crime.
Por conta da investigação, a empresária entrou para a lista de mais procurados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará. Além dela, cinco homens – sendo quatro policiais militares – são réus na Justiça Estadual pelos assassinatos e estão presos desde setembro. Os militares também foram afastados de suas funções. O órgão ressaltou que a mulher está foragida e é “considerada perigosa”.
De acordo com a Controladoria Geral de Disciplina, que investiga policiais suspeitos de envolvimento em crimes, todos participaram ativamente da ação. O processo tramitava em segredo de justiça, mas o tribunal do estado mandou retirar o sigilo.
Ao UOL, a defesa de Maria Ediane da Mota Oliveira negou qualquer participação dela no assassinato. A advogada Tatiana Mara Matos de Almeida informou que só teve acesso aos autos do processo em 11 de outubro e que a cliente já prestou depoimento, em julho deste ano. A representante, no entanto, não revelou o paradeiro de Maria Ediane.