Um homem foi morto pelo seu próprio chefe na manhã desta segunda-feira (6), na cidade de São Leopoldo (RS). Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado porque o funcionário supostamente estava tomando café fora do horário definido no expediente. A empresa Sulcromo se manifestou sobre o caso.
De acordo com o G1, a vítima foi identificada como Marcelo Camilo, de 36 anos. Ele chegou a ser levado a um hospital após sofrer um sério ferimento no coração, causado por duas perfurações de um objeto cortante. O funcionário teve três paradas cardíacas e, por fim, não resistiu e faleceu.
Câmeras de segurança registraram o momento em que Marcelo saía correndo de uma sala, cambaleando e com a mão no peito. O funcionário atravessou um setor da empresa e saiu por outra porta. Para a polícia, o homem que aparece logo atrás dele é o suspeito pelo caso – que aparenta não ter prestado socorro, apesar de seguir a vítima. A cena também chamou atenção dos colegas de trabalho. Assista:
Um chefe matou o funcionário com a ferramenta de trabalho por ele ter ido tomar café fora do horário. O caso aconteceu na manhã desta segunda-feira (6), em São Leopoldo, na Grande Porto Alegre (RS). O suspeito está foragido. A vítima teve três paradas cardíacas antes de morrer. pic.twitter.com/g47q4jQl6E
— Carlos Rocha 🛹 (@CarlosRocha_) June 6, 2022
Depois do episódio, o suspeito teria fugido caminhando do local. O homem, que não teve sua identidade revelada, é considerado foragido. Na sua ficha policial, ele já tinha um registro de uma ocorrência envolvendo o crime de ameaça.
Desentendimento por cafezinho
A história toda teria começado a partir de uma ordem do suspeito, que determinou que os funcionários só poderiam tomar café durante uma faixa de horário específica. No entanto, de acordo com o delegado André Serrão, Camilo teria ido ao ambiente usado para o intervalo em um horário diferente. A atitude teria dado início a uma discussão, quando o chefe agrediu o funcionário com um instrumento em mãos.
“O supervisor tinha muitos conflitos com seus funcionários. Inclusive, na semana passada, já teve um atrito com seus funcionários, em que ele tinha proibido veementemente que eles consumissem o café naquele determinado horário e, por isso, foi gerada a desavença, que culminou com esse resultado, que abalou a cidade”, disse o delegado de São Leopoldo.
Segundo a polícia, horas antes do crime e até mesmo na semana anterior, o suspeito já havia discutido com Marcelo sobre essa mesma situação do horário do café. No entanto, o relato alega que o chefe não teria apresentado comportamento violento antes desse episódio. As autoridades também apuram se a arma do crime – semelhante a uma chave – pertencia ao chefe ou se era um instrumento de trabalho.
Empresa se manifesta
A Sulcromo se manifestou publicamente sobre o caso ontem. A empresa de revestimentos industriais disse estar colaborando com autoridades para elucidar os fatos, e decretou luto oficial nesta terça-feira (7), após a “perda irreparável”. “Neste momento, estamos nos dedicando, da melhor maneira possível, ao apoio à família de Marcelo. A comunidade da Sulcromo está em luto e em choque com esta perda irreparável. Estamos colaborando de todas as formas com os órgãos responsáveis pelas investigações”, declarou a instituição.
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