Uma jovem de 22 anos foi encontrada morta dentro de uma mala em uma região de mata na Estrada da Volta Fria, em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Cíntia Silva dos Santos estava grávida e, de acordo com familiares, foi vista pela última vez na quinta-feira (16) entrando em um carro de aplicativo para ir ao encontro do ex-namorado.
No domingo (20), o pai da jovem abriu um boletim de ocorrência sobre o desaparecimento. O corpo de Cíntia foi reconhecido pelos familiares assim que foi achado. A causa da morte ainda não foi informada. Entretanto, em coletiva de imprensa concedida nesta quarta-feira (22), o delegado responsável pelo caso, Paul Henry Verduraz, afirmou que a mulher foi encontrada com sinais de que sofreu violência física e espancamento.
“A causa da morte aguarda o laudo necroscópico, mas é possível presumir que foi um instrumento perfuro cortante, ela tinha duas lesões [provavelmente de] faca. Ela foi agredida sim e quem a matou estava com um sentimento de muita raiva. Agredida com muita violência antes da morte”, relatou o delegado.
A investigação segue a linha de três possíveis suspeitos do crime: o ex- namorado, o atual namorado, que também é ex-padrasto de Cíntia, e o pai da criança. “A princípio temos três linhas de investigação. (…) O pai [de Cíntia] dava conta que ela estaria com um ex-namorado, chamado Fabricio, e a polícia imediatamente realizou diligências. Esse Fabricio é uma pessoa que tem antecedentes criminais, nós constatamos que ele estava com o benefício de uma saída temporária de 14 a 20 de junho, requisitamos à Justiça a ida dele a polícia, para ouvi-lo”, disse Verduraz sobre a jovem ter ido encontrar o ex-namorado.
Na casa de Fabricio, que é investigado por estupro e violência doméstica, Cíntia teria avisado à família que recebeu uma ligação do atual namorado. “Enquanto ela estava com o Fabricio, nos últimos momentos de sua vida, ela comunicou aos familiares que iria encontrar com uma pessoa com quem mantinha um relacionamento. Então nós também iremos ouvi-lo”, garantiu o delegado.
Durante a coletiva, Verduraz ainda falou que dois suspeitos foram ouvidos na tarde desta quarta: o atual namorado e o pai do bebê, que não teve mais detalhes da sua identidade revelado. Já Fabricio será ouvido quando houver a autorização judicial. A polícia não localizou a arma do crime e nem o celular da vítima, com o qual ela se comunicou com a família. O caso foi registrado como homicídio no 4º DP de Mogi das Cruzes, onde está sendo investigado.