A pequena Kemilly Hadassa Silva, de 4 anos, desapareceu na madrugada deste sábado (9), da comunidade Beira Rio, no distrito de Cabuçu, no Rio de Janeiro. Hoje (10), o homem apontado como o responsável pelo crime foi preso pela Polícia Militar em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Moradores locais relataram que ele teria confessado o sequestro e assassinato da garota, mas o caso ainda está sendo investigado.
Kemilly foi vista pela última vez em sua residência, junto aos irmãos de 7 e 8 anos. A mãe, Suellen Roque da Silva, de 29 anos, deixou o local às 23h da sexta-feira (8). Em entrevista ao g1, ela disse ter deixado os pequenos sob os cuidados da irmã, Monique Silva. Quando Suelen retornou, por volta das 5h de sábado, a filha não estava lá.
“Eu dei jantar a eles, botei eles pra dormir. Aí dormiram. Aí meia-noite e meia eu saí porque a minha irmã que olha eles pra mim, porque a gente mora na mesma casa praticamente. Aí ela vigia eles pra mim. Quando eu cheguei, ela não estava mais. Só os dois irmãos”, lamentou a mãe.
Tanto os parentes, que moram no mesmo terreno da família de Kemilly, quanto os irmãos da menina, não notaram qualquer movimento suspeito ou perceberam quando a menina desapareceu.
Menina de 4 anos desaparece e suspeito é preso em Nova Iguaçu pic.twitter.com/DyExs4NLTh
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) December 10, 2023
Neste domingo, agentes do 20º BPM (Nova Iguaçu) foram acionados para a Rua Pernambuco, no bairro Campo Alegre, em Nova Iguaçu. Segundo testemunhas, o suspeito teria confessado o crime e foi agredido com socos por um grupo de moradores. Os policiais militares foram acionados e interromperam as agressões. Na sequência, eles interditaram o imóvel, após encontrarem marcas de sangue. O indivíduo foi encaminhado para a 56ª DP (Comendador Soares).
O caso foi encaminhado ao Setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que dará continuidade às diligências da investigação, como o registro do depoimento do suspeito e de outras testemunhas. Até o momento, as polícias Militar e Civil não confirmaram se o suspeito está envolvido no sumiço de Kemilly, ou até mesmo se a garota foi realmente assassinada. Ambas continuam trabalhando para esclarecer os fatos e localizar a menina.
Além do trabalho da polícia, os familiares, amigos e vizinhos seguem procurando por Kemilly, após orientação das autoridades. “Disseram que era pra gente procurar em hospitais e necrotérios, que segunda-feira era pra gente ir com esse papel, boletim de ocorrência pra Belford Roxo, pra delegacia de Belford Roxo, que lá eles iam ver que providências tomar”, detalhou Monique Silva ao g1.
Angústia dos familiares
Na tarde de hoje, os parentes da pequena foram até o 56ª DP para exigir respostas da Polícia Civil sobre o caso. Segundo o O Globo, Suelen parecia extremamente abalada e foi vista gritando “quero minha filha”, enquanto era amparada pela irmã. Ao veículo, a mãe disse que a menina foi “muito desejada”. “Ela era uma boneca. Adorava usar maquiagem e me perguntar se estava bonita. Pedi muito a Deus pela vinda dela ao mundo. Fiz até propósito para ter ela. Os irmãos dela estão chorando muito”, disse Suelen ao veículo.
Enquanto pressionam as autoridades por respostas, os familiares também estariam tentando reunir pessoas para testemunhar contra o suspeito, que segue detido. A mãe afirmou, ainda, estar certa de que o homem preso matou a filha. “Eu só quero o corpo da minha filha. Meu sonho era fazer a festa dela de 15 anos. Tem quatro anos que crio ela sozinha”, chorou ela. Além de Kemilly, Suelen é mãe de quatro meninos de 2, 7, 8 e 9 anos.
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