Novas informações sobre a trágica morte de uma garotinha de 6 anos em Praia Grande (SP) vieram à tona nesta segunda-feira (13). De acordo com o G1, Rafaella Lozzardo Silva segurava um celular e um chinelo antes de cair do 12º andar do prédio. A menina foi deixada sozinha dormindo no apartamento, enquanto seu pai foi levar a namorada em casa.
Segundo Alexandre Comin, delegado responsável pelo caso, o celular foi encontrado próximo ao corpo da criança, mas acabou quebrando com o impacto da queda. Por conta disso, ainda não se sabe quem era o dono do dispositivo, nem o que a garota fazia com o aparelho no momento do acidente.
Uma hipótese seria a de que Rafaella teria tentado ligar para o pai quando não o encontrou em casa. Contudo, ainda não há nenhuma confirmação disso. Agora, a Polícia Civil de Praia Grande investiga se o responsável por Rafaella já havia deixado ela sozinha outras vezes, conforme revelou o portal de notícias. Com o relato de outras testemunhas, o inquérito policial será encaminhado para o judiciário.
Entenda o caso
O pai de Rafaella, um comerciante de 39 anos, saiu de carro para levar sua namorada em casa na madrugada de sábado (11). Mas, num intervalo de menos de meia hora, a garotinha acordou, viu que estava sozinha e ficou desesperada. Segundo o G1, ela gritou e pediu socorro na varanda antes de cair. “Entrou em desespero. Foi até a sacada e começou a gritar por socorro, [dizia] que estava sozinha e com medo”, contou o delegado Comin.
O barulho chamou atenção de uma vizinha, que tentou tranquilizar a criança e falou que ligaria para a portaria. No entanto, quando ela se deu conta, o acidente já havia acontecido. “Nesse momento, em que a vizinha saiu para ir ao interfone, ouviu um estrondo. Quando ela voltou, constatou que a criança havia caído. Infelizmente uma queda fatal”, relatou o delegado.
Depois da queda, Rafaella foi encontrada no piso superior do estacionamento do prédio. Infelizmente, ela não resistiu e veio a óbito ali mesmo. Assim que retornou, o pai da menina notou as viaturas da polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) no local. Na sequência, ele foi informado de que a filha havia sofrido um acidente e que precisava ser levado até o distrito policial.
Foi então que o homem recebeu voz de prisão. “Chegando na delegacia, no momento em que foi dada voz de prisão em flagrante delito, ele foi cientificado da morte da filha. Ficou bastante transtornado com a notícia”, declarou Comin. Após uma audiência de custódia, o pai da menina foi solto. A mãe de Rafaella, que era separada do comerciante, chegou a ir até a delegacia, mas não teve condições de prestar depoimento.