Nem sempre é fácil ser pai ou mãe de pet… O casamento de Antônio Eliwelton Rodrigues da Silva e Brenda Jamille tinha tudo para ser uma ocasião especial. No último sábado (14), o casal subiu ao altar em Nova Olinda (CE) e contou com os cãezinhos Scooby e Pipoca como pajens da cerimônia. No entanto, todos ficaram em choque com a reação negativa do padre.
Os cachorros entraram pelo corredor Paróquia São Sebastião, fazendo a alegria de seus donos. Mas o padre César Retrão, que conduzia o casamento, não gostou nada disso. Em alguns vídeos do matrimônio, foi possível vê-lo soltando suas críticas. “Isso é o cúmulo”, diz ele na gravação. Assista:
Padre fala sobre participação de cachorros em casamento dos donos pic.twitter.com/gw26YNavDy
— WWLBD ✌🏻 (@whatwouldlbdo) May 19, 2022
Eliwelton se abriu sobre o caso ao G1. Os noivos pagaram uma taxa de matrimônio de R$ 310, e o rapaz afirmou que a entrada dos cachorros já tinha sido combinada no dia antes da cerimônia – por isso a surpresa. “Para evitar qualquer imprevisto perguntamos para o secretário paroquial se tinha algum problema. Ele afirmou que não tinha nenhum problema, pois o padre não iria achar inconveniente”, disse o balconista.
Contudo, segundo Antônio, não foi o que aconteceu. O padre teria deixado claro seu desconforto com os animais. “Ficou um clima ruim demais. Na hora que os cães entraram, ele disse que era inaceitável, um cúmulo dois cachorros entrarem com alianças e estarem ali naquele ambiente”, relatou. De acordo com Antônio, o religioso até mesmo se negou a dar a bênção final por conta disso.
Depois de pegarem as alianças com os cachorros, o padre teria pedido que os noivos e os padrinhos assinassem os papéis e deixado o local logo depois, sem nem mesmo concluir o ritual do “declaro vocês marido e mulher”. “A bênção final, a parte mais esperada do casamento não aconteceu, pois ele saiu do local logo depois da gente assinar os papéis. Aí ficamos lá constrangidos”, pontuou.
Procurada pela reportagem, a diocese de Crato respondeu sobre o caso. Segundo o órgão, uma reunião com o Colégio dos Consultores junto do bispo diocesano – ainda sem data marcada – tratará do assunto e analisará o que ocorreu. Só então, a diocese pretende expressar sua opinião e posicionamento quanto ao episódio.
Antonio e Brenda são mantenedores do Instituto Lilica – instituição em Nova Olinda que cuida de 40 gatos e 130 cachorros. Os cãezinhos que participaram do casamento, inclusive, já foram cuidados pelo projeto. Scooby passou por três meses de tratamento após um ferimento grave em decorrência de um atropelamento. Pipoca, por sua vez, tinha uma doença grave que a deixou cega e foi abandonada pelos antigos tutores em um terreno baldio. Depois de resgatada pelo casal, a cadelinha passou por um tratamento e também está bem.
Como se chatear com a felicidade de umas gracinhas dessas, né?