O padre Antônio Firmino, da paróquia São João Batista, em Visconde do Rio Branco (MG), chocou as redes sociais com uma declaração odiosa disparada na missa do último domingo (23). Durante a celebração, ele disse desejar a morte dos fiéis que optam por ir à igreja apenas quando houver a vacina para o novo coronavírus.
“Aí a gente vai vendo quem realmente ama a eucaristia… Porque tem alguns católicos, engraçado, que têm saúde, têm tudo e dizem: ‘Eu só vou na Igreja quando tiver a vacina’. Tomara que não apareça vacina para essas pessoas. Ou que morram antes de a vacina chegar, não é?“, soltou ele, na missa que foi transmitida ao vivo no perfil da paróquia no Facebook.
Ele prosseguiu em tom condenatório, desprezando qualquer razoabilidade científica. “Porque tem pessoas que não têm problema nenhum, que não estão no grupo de risco. Mas isso significa que não têm fé nenhuma, essas pessoas. É uma desculpa pra dizer que Deus não é importante. ‘Quando tiver vacina, eu vou’. Então pra ele, a vacina é muito mais importante do que Deus, né?! É muito triste. É um católico de araque, que não serve pra nada!“, sentenciou. Assista:
https://twitter.com/MidiasHG/status/1298312888197812225?s=20
A declaração do padre – que em suas redes sociais costuma compartilhar conteúdos ‘bolsonaristas’, e que até criticou o médico Drauzio Varella por defender o isolamento social na pandemia – repercutiu negativamente. Diante das críticas recebidas nas últimas horas, o pároco se pronunciou na manhã desta terça-feira (25) e pediu desculpas.
“Quero pedir desculpas àquelas pessoas que se sentiram ofendidas e machucadas com as minhas palavras. Tenho certeza que vocês que têm um coração bom hão de reconhecer o meu erro e me perdoar por isto. Rezem por mim. Eu sou fraco também, eu sou pecador. Eu tenho as minhas misérias e preciso da misericórdia de todos vocês“, declarou ele, em vídeo publicado pela Paróquia no Facebook. Assista:
https://twitter.com/MidiasHG/status/1298314798443180032?s=20
Enquanto a vacina não chega, o Brasil já perdeu mais de 115 mil vidas pelo coronavírus.